De acordo com o inquérito da AHP aos associados, em termos de taxa de ocupação, os Açores ficaram “bastante aquém da taxa registada em 2022″, com 64% (menos cinco pontos percentuais”, enquanto a Madeira teve uma subida “muito expressiva” para 81%, avançou a vice-presidente da associação, Cristina Siza Vieira, em conferência ‘online’.
Já as regiões Centro (58%), Norte (60%) e Lisboa (75%) também cresceram em termos de ocupação hoteleira, e o Algarve (61%) manteve o mesmo valor, ficando ainda abaixo dos níveis de 2019, antes da pandemia de covid-19.
Relativamente ao preço médio por quarto, registaram-se subidas em todas as regiões, tendo a média nacional sido fixada em 141 euros.
Já quanto aos principais mercados, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos da América foram apontados pela maior parte dos inquiridos como fazendo parte dos três primeiros lugares, com destaque para o aumento de norte-americanos.
A AHP dedicou uma parte do inquérito às épocas do Natal e Passagem de Ano e concluiu que, a nível nacional, a taxa de ocupação no Natal subiu um ponto percentual para 51% e no ‘Reveillon’ subiu de 61% para 70%, com o preço médio por quarto no Natal a subir para 124 euros e no fim do ano para 173 euros.
Em termos de mercados, naquelas duas épocas festivas destacaram-se o português, Estados Unidos e Reino Unido.
A região dos Açores, embora tenha registado aumentos nos preços naquelas épocas, “afundou a pique” relativamente à taxa de ocupação, o que Cristina Siza Vieira justificou com a decisão da Ryanair de diminuir de 14 para dois voos semanais, naquela geografia, no inverno.
A maioria dos inquiridos disse ainda esperar que o ano de 2024 seja igual ou melhor do que o ano passado, em termos de taxa de ocupação e de receitas, mas apontaram também desafios, como a instabilidade geopolítica, o aumento das taxas de juro e a redução do número de voos.
Quanto à falta de capacidade do Aeroporto Humberto Delgado, apontada em quarto lugar no que diz respeito aos desafios para este ano, o presidente da AHP, Bernardo Trindade, realçou que, “só em 2023, o aeroporto de Lisboa recusou o equivalente a 1.300.000 lugares de avião, por incapacidade de resposta da infraestrutura”.
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