O gestor, que está na empresa desde 2018, veio da Ibéria e irá liderar a TAP até à escolha de um nome definitivo, tarefa que caberá a uma empresa caça talentos, contratada pelo Governo.
Ramiro Sequeira, com formação especializada na área operacional da aviação, começou o percurso profissional na empresa de 'handling' (assistência nos aeroportos) Portway, de acordo com o seu perfil de LinkedIn, tendo depois passado pela Air Luxor e Luzair, antes de rumar a Espanha.
Esteve cinco anos na companhia aérea Vueling, tendo depois assumido cargos na Ibéria, primeiro na Express e depois como diretor de operações da companhia aérea nacional espanhola. Entrou na TAP em 2018, já durante a presidência de Antonoaldo Neves, onde era atualmente responsável pelas operações de transporte aéreo.
No dia 02 de julho, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, anunciou que Antonoaldo Neves iria ser substituído "de imediato".
"Ao dia de hoje não temos resposta a todas essas questões [sobre a nova equipa de gestão da TAP], sobre quando teremos uma nova equipa e quando é que essa equipa de transição assumirá funções", começou por referir o ministro, para precisar, no entanto, que o atual presidente executivo da companhia aérea "terá de ser substituído".
Falando na conferência de imprensa em que foi anunciado que o Governo chegou a acordo com os acionistas privados da TAP passando a deter uma participação de 72,5% na companhia área, o ministro disse ainda que a permanência de Antonoaldo Neves na empresa "não faria sentido", tendo em conta que o acordo hoje alcançado formaliza a saída do acionista responsável pela contratação do gestor, o empresário David Neeleman.
Com o acordo alcançado, o Estado reforça na empresa, com a aquisição da participação de David Neeleman, por 55 milhões de euros, de 50% para 72,5%.
Questionado também sobre se os restantes elementos da Comissão Executiva da TAP se manterão em funções, durante o período de transição e até que seja recrutada uma equipa qualificada e especializada, o ministro não avançou detalhes.
"Teremos uma solução transitória que será anunciada em momento próprio. Neste momento dizemos apenas que o CEO sai", precisou.
Ramiro Sequeira irá agora conduzir o processo de reestruturação da TAP, condição de um apoio estatal que pode chegar até 1.200 milhões de euros para responder às "necessidades imediatas de liquidez", agravadas pela pandemia de covid-19.
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