Numa comunicação aos associados, a que a Lusa teve acesso, a direção do SPAC considera que “em vésperas de reprivatização da TAP, as dúvidas são mais do que as certezas e a promessa de transparência que foi feita a todos os portugueses, é um cheque” que “foi passado sem cobertura”.
“Chegou a altura de cobrar o cheque da transparência e exigir que tenha cobertura”, afirma o sindicato, apontando a contradição entre as declarações do primeiro-ministro e do ex-ministro das Infraestruturas e Habitação e atual deputado Pedro Nuno Santos.
Em setembro, António Costa garantiu que o plano de reestruturação da empresa sempre previu a privatização e “menos de um mês depois” Pedro Nuno Santos afirmou que “o dito plano, nunca previu a reprivatização”.
“Sendo impossível estarem os dois a dizer a verdade, resta-nos a terrível desconfiança, perante um Governo que se recusa a dar a conhecer o plano de reestruturação, se é que tal plano existe”, refere.
O SPAC garante “nada” ter contra a privatização da TAP, mas que “não pode ficar a assistir à reprivatização de um ativo essencial para a coesão nacional, feita “na sombra” e deixando o país às escuras sobre o que na realidade se está a passar”.
O Governo aprovou recentemente as condições para a venda de pelo menos 51% do capital da companhia aérea, esperando ter o caderno de encargos pronto até ao final deste ano e o processo de privatização concluído no primeiro semestre de 2024.
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