"A nossa proposta para atualização intercalar é de 1,5% e mantemos esta nossa proposta e, por isso, solicitámos uma reunião suplementar de negociação", disse a presidente do STE, Maria Helena Rodrigues, à saída de uma reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, na Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa.
De acordo com a líder sindical, a reunião suplementar com o Governo ficou agendada para 12 de abril.
Maria Helena Rodrigues saudou ainda a decisão do Governo, avançada hoje aos sindicatos, de que o aumento salarial intercalar e a subida do subsídio de refeição, que estavam previstos ser aplicados a partir de abril, afinal terão retroativos a janeiro de 2023.
"Agora, de facto, falta dar um sinal maior, de que esta atualização intercalar deverá ser de 1,5% e este sinal deve ser também dado aos empregadores privados", defendeu a sindicalista.
A presidente do STE indicou ainda que, na reunião com a secretária de Estado, foi dada garantia de que o Ministério das Finanças já está a trabalhar para que seja feito um ajustamento nas tabelas de retenção da fonte de IRS para acomodar o novo aumento salarial.
"Relativamente a esta atualização, solicitámos também ao Governo que fosse tido em conta, e o Governo disse que sim, que esse trabalho está a ser feito no Ministério das Finanças, que o efeito seja neutro em termos de retenção de imposto de IRS", avançou.
Segundo a proposta do Governo, os cerca de 742 mil funcionários públicos terão um aumento salarial intercalar de 1%, além das subidas atribuídas em janeiro de 52,11 euros para salários até cerca de 2.600 euros ou de 2% para remunerações superiores.
A remuneração base da administração pública, que em janeiro aumentou 56,58 euros, para 761,58 euros, passará assim a ser de 769,2 euros, a que corresponde um aumento 9,1% face ao ano anterior.
O subsídio de refeição aumenta de 5,20 euros para seis euros (mais 80 cêntimos) por dia.
Além do STE, a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, recebe hoje a Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e a Frente Comum de Sindicatos.
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