Já o PSD disse nada ter a opor, ao contrário do Chega, que considerou que tal seria “destruir a comissão de inquérito”.
Estas posições foram avançadas pelos líderes parlamentares de PS e PSD e pelo líder do Chega, questionados pelos jornalistas no parlamento, depois de hoje de manhã o PCP ter anunciado que propôs aos restantes partidos que a comissão parlamentar de inquérito à TAP seja “mais abrangente” e o seu objeto alargado “à gestão privada e à privatização da companhia em 2015”.
Em 06 de janeiro, o BE entregou no parlamento o texto que propõe que a comissão de inquérito “à tutela política da gestão da TAP” incida em particular entre 2020 e 2022, averiguando a entrada e saída da antiga governante Alexandra Reis e as responsabilidades da tutela nas decisões tomadas.
O líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, afirmou que o partido aceitou viabilizar o inquérito proposto pelo BE porque o objeto lhe pareceu adequado.
“Quando alargamos muito o âmbito de uma comissão parlamentar de inquérito corremos o risco de estar menos focados e não incidir o nosso esforço nos temas que são prementes (…) Analisaremos, numa primeira aproximação parece-nos que o objeto do BE era adequado, não vemos grande vantagem em alargar de forma substantiva”, disse, embora ressalvando que não se trata de “uma posição definitiva”.
Quando ao líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, disse que o partido nada tem a opor a este alargamento, de forma a incluir “a reversão da privatização, a nacionalização em 2020” e até o processo de venda.
“Não temos nenhum problema relativamente a isto”, disse.
Já o presidente do Chega, André Ventura, considerou que alargar o objeto seria “destruir a comissão de inquérito” e acusou o PCP de querer fazer “um frete ao Governo”.
“O Chega vai opor-se firmemente. Se aceitarmos alargar este âmbito, estamos a tornar inútil qualquer comissão de inquérito”, disse.
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