“Temos o plano da gestão do banco, depois temos o plano dos acionistas e o trabalho que estamos a fazer com o Fundo de Resolução é um trabalho da gestão do Banco BPI e é um trabalho que, se der bons frutos, será apresentado aos acionistas e depois nessa altura se vê”, afirmou aos jornalistas o responsável à margem da entrega do Prémio BPI Seniores, em Lisboa.
Ulrich tinha sido questionado sobre a eventual oposição do seu maior acionista, o catalão CaixaBank – que tem em curso uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a totalidade do capital do BPI -, à compra do Novo Banco.
O gestor não se quis alongar em comentário, apontando para o acordo de confidencialidade que assinou para ter acesso aos dados do Novo Banco.
“O BPI assinou um compromisso de confidencialidade para ter acesso a informação sobre o Novo Banco, o que denota algum interesse, mas como assinamos esse compromisso, não podemos fazer comentários sobre o processo do Novo Banco”.
Sobre a atualidade do BPI, que viveu uma disputa acionista que parece ter sido ultrapassada com a desblindagem dos estatutos aprovada na última reunião magna de acionistas, Ulrich mostrou otimismo.
“A situação do banco está muito boa e sempre esteve ao longo deste tempo. Este processo complexo e intenso que vivemos desde dezembro de 2014, com a decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre a exposição do BPI a Angola, que depois determinou todas as várias complexidades que conhecem, nunca perturbou a atividade do banco”, assinalou.
E destacou: “Conseguimos todos - os acionistas, a gestão e os colaboradores do banco - que funcionássemos em dois planos. Havia o plano das questões regulatórias, que tínhamos que resolver, e havia o plano das questões acionistas, mas nem um nem outro perturbaram o funcionamento do banco. Agora, continuamos o nosso trabalho, a melhorar o banco”.
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