Na conferência de imprensa realizada após a reunião de política monetária do BCE que decidiu subir as taxas de juro em 50 pontos base, como estava previsto, De Guindos considerou que os bancos europeus “são resilientes” e que, em comparação com a crise financeira de 2008, a situação no setor “é muito melhor”.
Em relação à situação no banco norte-americano Silicon Valley Bank (SVB), De Guindos defendeu que o seu modelo “era bastante singular”, já que existia uma “discrepância entre ativos e passivos”, o que fazia com que este banco estivesse exposto a qualquer alteração importante na política de taxas de juro.
“Estamos a acompanhar de perto a tensão nos mercados e estamos prontos a agir”, insistiu Lagarde na mesma conferência de imprensa.
“O setor bancário da zona euro é resiliente, apresentando posições de capital e liquidez fortes. Em todo o caso, o conjunto de instrumentos de política monetária do BCE permite inteiramente proporcionar, se necessário, apoio em termos de liquidez ao sistema financeiro da zona euro e preservar a transmissão regular da política monetária”, referiu em comunicado o BCE.
Nos últimos dias, o setor bancário tem atravessado um período de turbulência, primeiro com o colapso do Silicon Valley Bank (SVB), nos Estados Unidos, e depois com a forte queda em bolsa na quarta-feira do Credit Suisse.
O Credit Suisse anunciou hoje que irá receber um empréstimo até 50 mil milhões de francos suíços (50,7 mil milhões de euros) do banco central da Suíça.
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