1 – Não ouvir música aos berros na praia. Principalmente porque as pessoas que normalmente fazem isto só gostam de J Balvin, MC Kevinho e Piruka, o que é extremamente perturbador em qualquer situação, mas pior ainda na tranquilidade da praia;
2 – Ainda na praia, legalizar o uso de rasteiras para derrubar (esperando que caiam de cara, sem terem tempo de pôr as mãos à frente) quem passa a correr ao pé da nossa toalha e nos enche de areia (e corona, claro). Mesmo que sejam crianças, obviamente;
3 – Não escarrar para o chão, nem para pessoas, claro. E aqui incluo o som – só de me estar a lembrar já me está o vómito a vir à boca – que muitos fazem ao puxar o nojo à tona para depois o expelir, mesmo que às vezes não terminem toda esta boçalidade e se fiquem apenas pelo som;
4 – Aproveitem que só nos podemos juntar em grupos até 10 pessoas para começar a deixar de convidar aquele pessoal que é do vosso grupo alargado de amigos, mas de que vocês já estavam fartos: ou porque era meio racista ou homofóbico, ou porque nos jantares não queria dividir a conta por todos porque não tinha comido manteiga d’alho;
5 - Não ser uma besta para os empregados de mesa, funcionários de supermercado, profissionais de saúde, motoristas de transportes públicos, polícias e bombeiros, professores, estafetas, e para pessoas no geral. Isto de os achar heróis agora na pandemia é muito giro, mas fica ainda mais engraçado (juro, temos de experimentar enquanto sociedade) se forem valorizados o tempo todo.
Bem, para já é isto. Sou capaz de ter mais ideias, mas não vos quero estar a sobrecarregar que andamos todos assoberbados no geral.
Sugestões mais ou menos culturais que, no caso de não valerem a pena, vos permitem vir insultar-me e cobrar-me uma jola:
- A Ditadura da Felicidade: livro de Edgar Cabanas e Eva Illouz.
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