É uma ideia peregrina. E que desvaloriza as Forças Armadas. Mas pronto, o ministro acha bem, a ministra da Administração Interna aplaude e, até ao momento, a criatura a quem calhou o pelouro da Justiça mantém-se num silêncio que, diria, é inteligente. Um conselho: mantenha-se assim.
Para entrar nas Forças Armadas sempre foi necessário apresentar um registo criminal imaculado. O mesmo acontece com outros serviços e profissões. Além de ser uma ideia peregrina, pensar que as Forças Armadas seriam ideais para corrigir os jovens perdidos no mundo – de tal forma perdidos que acabaram condenados pela Justiça – é um insulto para quem faz carreira militar. Ter uma ideia e atirá-la para a frente não é grande forma de governar. O senhor ministro deveria ter consultado as Forças Armadas. Deveria ter consultado, também, quem pudesse identificar e caracterizar a população jovem delinquente. Serão as melhores pessoas para estar em contacto com armas? Cá para mim, Nuno Melo anda a ver muitos filmes americanos. Nada contra, mas para governar não dá jeito.
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