“Os diamantes russos não são para sempre”
A União Europeia decidiu "limitar o comércio de diamantes russos" como parte das sanções contra Moscovo, na sequência da invasão da Ucrânia. O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, na cimeira do bloco G7, hoje, no Japão.
O presidente do Conselho Europeu garantiu que a UE está empenhada em “fechar a porta às lacunas legais” de que o Kremlin se está a aproveitar para “continuar a atiçar a chama da guerra na Ucrânia”. Disse ainda, com ironia, que “os diamantes russos não são para sempre”.
Horas antes, também o Reino Unido tinha divulgado novas medidas visando o setor de mineração da Rússia, incluindo o comércio de diamantes, que rende a Moscovo milhares de milhões de dólares todos os anos, além de restrições a vários metais de origem russa.
A resposta da Rússia foi minimizar o impacto das sanções contra o comércio de diamantes russos, indicando que o comércio oferece outras alternativas. "Se se pára de comprar num lugar, começa-se a comprar noutros", afirmou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.
Paralelamente à cimeira do G7, os EUA anunciaram também sanções que visam "mais de 300" pessoas, empresas, navios e aviões em vários continentes, conforme afirmou a secretária do Tesouro, Janet Yellen.
Como resposta, a Rússia proibiu a entrada no país a mais 500 cidadãos norte-americanos, entre os quais o ex-Presidente Barack Obama, congressistas, governantes e senadores eleitos em novembro de 2022. A lista negra inclui ainda diretores e administradores de empresas da indústria militar que fornecem armamento à Ucrânia, membros dos órgãos de segurança do Estado federal, especialistas e analistas de instituições norte-americanas e jornalistas e apresentadores de televisão, como Jimmy Kimmel e Stephen Colbert.
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
*Pesquisa e texto pela jornalista estagiária Raquel Almeida. Edição pela jornalista Ana Maria Pimentel
*Com Lusa
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