*Com Lusa e AFP
O regresso da "guerra" ao Médio Oriente. O que aconteceu em Israel?
A palavra "guerra", que nos habituámos a ouvir recentemente na Europa, é há muito uma realidade no Médio Oriente. Porém, esta manhã ganhou novos contornos, com o ataque surpresa do grupo palestiniano Hamas a Israel, a que chamaram “Tempestade Al-Aqsa”.
O ataque começou com disparos a partir de vários locais da Faixa de Gaza ainda antes das 6h30 horas locais (4h30 em Portugal), e continuaram durante quase meia hora. Em Israel, sirenes de alerta soaram em várias cidades.
De acordo com a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP), não houve uma resposta imediata de Israel.
No entanto, passado poucas horas, o país inimigo da Palestina iniciou um ataque através do ar, bombardeando 7 bases militares e quatro quartéis-generais do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação a que chamaram “Espadas de Ferro”.
O ministro da Defesa de Israel instituiu, entretanto, a lei marcial num raio de 80 quilómetros da Faixa de Gaza, incluindo Tel Aviv e Beersheba. Citado pela agência Reuters, Yoav Gallant vincou que "o Hamas cometeu um grande erro" ao lançar uma nova operação militar contra o país.
A ofensiva foi reivindicada pelo próprio líder do braço armado do Hamas, Mohammed Deif, que afirmou que o grupo lançou uma nova operação militar contra Israel.
Numa rara declaração pública, Mohammed Deif disse que 5.000 foguetes foram disparados contra Israel durante a madrugada, para dar início à "Operação Tempestade Al-Aqsa".
Também Ismail Haniyeh, chefe político do Hamas, pronunciou-se sobre a situação, e segundo a Al Jazeera: "o inimigo que sitia Gaza planeou surpreendê-la e intensificar a agressão contra o nosso povo na Faixa de Gaza, para além da colonização e da agressão que continua na Cisjordânia, que procura desenraizar o nosso povo e expulsá-lo da sua terra, e dos crimes da ocupação contra o nosso povo na década de 1948, uma vez que está por detrás de todas as operações de morte e assassínio que aí se realizam, e da continuação da detenção dos nossos prisioneiros durante décadas, e da renegação dos acordos quando voltou a prender os libertados do acordo de troca".
"Por tudo isto, estamos a travar uma batalha de honra, resistência e dignidade para defender Al-Aqsa, sob o título anunciado pelo Irmão Comandante Abu Khaled Al-Deif: 'Operação Tempestade Al-Aqsa'. Esta operação começou em Gaza e estender-se-á à Cisjordânia e ao estrangeiro, a todos os locais onde o nosso povo e a nossa nação estejam presentes", afirmou Haniyeh.
O grupo islâmico Jihad Islâmica, também com forte presença e com um braço armado dentro de Gaza, já informou que se juntou ao ataque do Hamas: "Fazemos parte desta batalha e os nossos combatentes lutam ao lado dos seus irmãos do Hamas, ombro a ombro, até à vitória", declarou.
Entretanto, o embaixador de Israel nos Estados Unidos da América, Michael Herzog, através da rede social X (antigo Twitter), pediu ajuda ao "mundo livre" para estes "condenarem" os ataques do Hamas a Israel, afirmando que "a ofensiva foi lançada quando estávamos a celebrar um feriado judeu", mais precisamente o Simchat Torá.
Já durante a tarde, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
Numa publicação em inglês partilhada durante a tarde, sublinhava que "desde esta manhã, o Estado de Israel está em guerra".
Delineou ainda os objetivos para "expulsar as forças hostis que se infiltraram no nosso território e restaurar a segurança e a tranquilidade das comunidades que foram atacadas", e sublinhou que, "na guerra, é preciso ter equilíbrio", apelando a todos os cidadãos de Israel para que se "unam para alcançar o nosso objetivo mais elevado – a vitória na guerra".
Depois destas declarações, viriam as condenações dos líderes internacionais à nova "guerra" e à provocação do Hamas na Faixa de Gaza.
Da parte da União Europeia, Ursula von der Leyen realçou que: “esta violência não é uma solução política nem um ato de bravura. É puro terrorismo. A União Europeia está ao lado de Israel”.
Os EUA solidarizaram-se “com o Governo e o povo de Israel”, a quem apresentaram “condolências pelas vidas israelitas perdidas nestes ataques”, disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
Ainda em intervenções que envolvem os EUA, Netanyahu informou também hoje o presidente Joe Biden que o ataque do Hamas ao território israelita será respondido com medidas "prolongadas e poderosas". E segundo a agência EFE, o presidente Joe Biden telefonou a Benjamin Netanyahu para sublinhar que os Estados Unidos estão “com Israel” e “apoiam totalmente o seu direito” à “autodefesa”.
Na ONU foi também convocada uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a situação no Médio Oriente e a questão palestiniana, solicitada pelo Brasil, que ocupa a presidência do Conselho de Segurança.
Como últimos desenvolvimentos, sabe-se que o Hamas diz ter capturado reféns em Israel, que pretende vir a usar como moeda de troca, para exigir a libertação de prisioneiros palestinianos que se encontram nas prisões israelitas.
Além disso, do outro lado do conflito, Israel terá ordenado à empresa elétrica estatal cortar o fornecimento de energia na Faixa de Gaza.
Quanto a vítimas mortais, sabe-se que o Ministério da Saúde palestiniano atualizou o número de mortos após o início do contra-ataque de Israel, apontando que já morreram pelo menos 232 civis palestinianos e mais de 1.600 estão feridos. Há várias dezenas de pessoas em estado crítico, sendo que, após o corte de energia pelas autoridades israelitas, prevê-se que o número possa aumentar consideravelmente, segundo a Al Jazeera.
Já as autoridades israelitas atualizaram o seu número de mortos para pelo menos 200, depois dos ataques desta madrugada pelo Hamas.
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