Será que os reféns do Hamas podem mesmo vir para casa? Biden acredita que o acordo está próximo

Beatriz Cavaca
Beatriz Cavaca

Depois de mais de um mês retidos em Gaza pelo Hamas desde o início do conflito com Israel, talvez ainda exista esperança para os 238 reféns do movimento terrorista.

Confrontado por um jornalista durante a cerimónia de perdão de perus na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou acreditar que um acordo para garantir a libertação de alguns dos reféns detidos pelo Hamas em Gaza está próximo.

O momento aconteceu quando o líder norte-americano foi questionado por um repórter se um acordo estava próximo de ser fechado, e o presidente respondeu: “Acredito que sim”.

"Tenho conversado com as pessoas envolvidas, todos os dias. Acredito que isso vai acontecer. Mas não quero dar mais pormenores", terá dito o líder norte-americano na mesma cerimónia.

Recorde-se que hoje, a Casa Branca já tinha informado que Biden tinha "discutido longamente" com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, os esforços para um acordo que conduza à libertação dos reféns.

Fontes israelitas tinham dado sinais no mesmo sentido, indicando que o Hamas estará disponível para a libertação de reféns em troca de um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

A imprensa internacional tem também noticiado que o Hamas poderá igualmente aceitar a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos nas cadeias de Israel.

Quando, na passada semana, Biden foi questionado sobre que mensagem queria enviar para as famílias dos reféns norte-americanos em Gaza, o Presidente deixou palavras de alento.

"Aguentem firme. Estamos a tratar disso", disse Biden.

Já hoje, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, e o enviado para os assuntos dos reféns, Roger Carsten, conversaram com familiares de alguns dos reféns de nacionalidade norte-americana, para os colocar a par dos desenvolvimentos sobre este tema.

As brigadas Al Qassam, braço armado do Hamas, divulgaram nas últimas horas um comunicado informando que as negociações – que estão a ser conduzidas pelo Catar, pela agência norte-americana CIA e pela agência de informações israelita Mossad – se concentravam na possível libertação de cerca de 70 mulheres e crianças.

Recorde-se que o primeiro-ministro do Catar – um mediador-chave entre Israel e o Hamas – disse no fim de semana que apenas “pequenos detalhes” precisavam ser resolvidos antes que um acordo fosse concluído.

Além da esperança de libertação de reféns, sublinha-se que a ofensiva israelita está neste momento numa altura particularmente decisiva, com a guerra a estender-se para o Líbano, onde o país responde a um ataque de outro grupo terrorista, o Hezbollah.

Entretanto, também 28 dos 31 bebés prematuros que tinham sido retirados do hospital Al-Shifa, no norte da Faixa de Gaza, durante o fim de semana, já estão no Egito, segundo o Crescente Vermelho palestiniano, que transportou as crianças.

Três dos bebés ficaram em Gaza, dois por escolha dos pais e um porque não foi possível, de acordo com a BBC, encontrar família que pudesse assinar os papéis de autorização de saída.

Dos prematuros resgatados, sabe-se até ao momento que se encontram em "estado crítico" em diferentes hospitais da província do Sinai do Norte e 12 deles foram transferidos para o Cairo, de acordo com o Diretor da Organização Mundial da Saúde.

O SAPO24 está a acompanhar o conflito entre Israel e o Hamas desde o início da ofensiva. O acompanhamento Ao Minuto pode ser consultado aqui.

*com Lusa

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