A Associação dos Profissionais da Guarda considerou hoje que os militares da GNR “não podem ser o bode expiatório” no caso do incêndio que atingiu dois canis ilegais no concelho de Santo Tirso e exigiu “medidas drásticas”.
Os abrigos de animais de Santo Tirso, onde morreram 52 cães e dois gatos num incêndio durante o fim-de-semana estão a ser alvo de inquérito do Ministério Público (MP), revelou hoje à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Campanhas de adoção, esterilizações, protocolos com associações e obras de construção ou expansão de canis são medidas dos municípios para gerir a recolha de animais, mas em várias zonas subsistem queixas sobre falta de espaço e custos elevados.
A associação de médicos veterinários municipais diz que a situação nos Centros de Recolha Oficial de Animais (CROA) dos municípios é dramática e de rutura e que a lei que proíbe os abates foi feita sobre “premissas erradas”.
O Governo pretende manter os concursos de apoio à esterilização de animais errantes e à construção e ampliação de canis, revelou hoje o secretário de Estado das Autarquias Locais.
A saúde pública pode estar em causa com o fim do abate nos canis municipais, alerta o bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, defendendo que a solução para o problema está no combate ao abandono de animais.
Uma petição com mais de 1.800 assinaturas deu entrada na Assembleia Legislativa dos Açores, reivindicando a antecipação do fim dos abates nos canis municipais de 2022 para 2018 e a criação de uma rede de centros de recolha oficial.