A Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM) anunciou hoje que irá recorrer da decisão judicial que esta semana negou indemnização à operária Cristina Tavares por assédio moral numa corticeira de Santa Maria da Feira.
O Ministério Público (MP) acusou a administração da corticeira Fernando Couto, em Santa Maria da Feira, de ter criado um ambiente “hostil, intimidatório e degradante” para levar a operária Cristina Tavares a despedir-se, após ter sido obrigada pelo tribunal a reintegrá-la.
A empresa Fernando Couto Cortiças, que hoje chegou a acordo com a trabalhadora que despediu duas vezes e aceitou reintegrá-la nessa unidade de Santa Maria da Feira, atribuiu a decisão à vontade de prosseguir laboração "em paz jurídica".
Helder Moutinho, Janita Salomé e Samuel são alguns dos artistas que na sexta-feira participam em Santa Maria da Feira num concerto de solidariedade para com Cristina Tavares, trabalhadora da corticeira Fernando Couto.
A trabalhadora despedida de uma empresa corticeira na Feira, após ter estado vários meses a carregar e descarregar os mesmos sacos de rolhas, disse hoje que foi obrigada a estar de pé durante dois dias, sem fazer nada.
A marcha de solidariedade para com a operária Cristina Tavares, envolvida num despedimento que a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) diz ilícito, reuniu hoje mais de 120 pessoas num percurso à chuva em Santa Maria da Feira.