A Comissão Europeia decidiu hoje renovar por dez anos a aprovação do herbicida glifosato na União Europeia (UE), sob novas condições e restrições, como a proibição do uso antes da colheita.
O parlamento aprovou hoje na votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) uma proposta do PAN que proíbe a comercialização para usos não profissionais de herbicidas contendo glifosato.
Investigadores do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) e da Universidade Católica Portuguesa (UCP) detetaram níveis significativos de exposição ao glifosato, um ingrediente ativo dos herbicidas mais usados, a partir de amostras de urina de 79 participantes.
O grupo químico e farmacêutico alemão Bayer comprometeu-se hoje a indemnizar grande parte dos milhares de pessoas que o processaram nos EUA, devido ao herbicida glifosato, em mais de 10,9 mil milhões de dólares (9,7 mil milhões de euros).
Propostas para restringir ou banir o glifosato, um herbicida que poderá ser cancerígeno, foram hoje rejeitadas no parlamento com os votos do PS, PSD e CDS-PP.
A Assembleia Municipal da Figueira da Foz aprovou hoje, por unanimidade, uma recomendação à Câmara Municipal para deixar de usar progressivamente, até final de 2020, em espaços públicos, o glifosato, um herbicida potencialmente causador de cancro.
O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) apresentou hoje três iniciativas legislativas que pretendem uma “redução drástica” da exposição dos portugueses ao glifosato e que proíba a venda deste herbicida para usos não profissionais.
Fabián Tomasi, que trabalhou durante anos a lançar pesticida dos aviões e se transformou num símbolo da luta contra o uso de agrotóxicos na Argentina, morreu aos 53 anos, vítima de uma polineuropatia tóxica severa.
A Comissão Europeia afirmou hoje que a autorização para os herbicidas com glifosato, válida para os próximos cinco anos, "está baseada em provas científicas" e recordou que os países têm liberdade de proibir a sua utilização.
A Comissão Europeia comprometeu-se hoje a apresentar em 2018 legislação para reforçar a transparência e qualidade dos estudos utilizados na avaliação científica de substâncias como o herbicida glifosato, cuja licença foi oficialmente renovada por cinco anos.
As associações ambientalistas Quercus e Zero lamentaram hoje o prolongamento do uso do herbicida glifosato na União Europeia, considerando que “o lobby da agricultura intensiva e industrial” e das “grandes empresas” é muito forte.
O Comité de Recurso da União Europeia (UE) deu hoje “opinião positiva” à proposta de renovação por cinco anos do uso do glifosato, com uma maioria qualificada de 18 Estados-membros a favor e a abstenção de Portugal.
Ambientalistas e grupos de consumidores continuam em desacordo com a indústria acerca da utilização do herbicida glifosato, os primeiros dizendo que é um produto cancerígeno, a segunda que é necessário para conseguir alimentos suficientes para a população europeia.
A Comissão Europeia anunciou hoje ter recebido uma iniciativa de cidadania europeia para proibir o uso de herbicidas à base de glifosato, que recolheu mais de um milhão de assinaturas de cidadãos de 22 Estados-membros, excluindo Portugal.