A Procuradoria-Geral da República (PGR) assumiu hoje como “uma gralha” a alteração da data de publicação em Diário da República do primeiro parecer sobre a “greve cirúrgica” dos enfermeiros, atrasando em 81 dias aquela data.
A greve dos enfermeiros nos blocos cirúrgicos que começou hoje obrigou ao adiamento de pelo menos 261 cirurgias marcadas para o período da manhã em cinco hospitais da região Norte, disse à Lusa fonte sindical.
A Ordem dos Enfermeiros afirma que na primeira greve em blocos operatórios não houve qualquer situação que tivesse posto em risco a vida das pessoas e considera adequados os serviços mínimos definidos.
O movimento de enfermeiros “greve cirúrgica” decidiu prolongar até 28 de janeiro a recolha de fundos para financiar a greve em blocos operatórios, uma angariação que até hoje à tarde já tinha conseguido 417 mil euros.
A greve dos enfermeiros em blocos operatórios chega esta segunda-feira ao fim, uma paralisação que durou mais de um mês, colocou o setor da saúde em convulsão e provocou o adiamento de mais de 10 mil cirurgias, segundo os sindicatos.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta quinta-feira que é necessário “medir o equilíbrio entre as razões de um grupo profissional e os sacrifícios que a greve exige aos portugueses”, referindo-se à paralisação prolongada de enfermeiros.