Os antigos combatentes da Guerra Colonial decidiram hoje cancelar a greve de fome marcada para 20 de agosto, em frente ao Palácio de Belém, devido às consequências que esta poderia ter para a sua saúde.
Cerca de meia centena de antigos combatentes da Guerra Colonial protestaram hoje no Porto contra o incumprimento do Estatuto do Antigo Combatente e anunciaram uma greve de fome a partir de 17 de agosto junto do Palácio de Belém, em Lisboa.
A Direção-Geral de Recursos da Defesa recebeu 7.762 pedidos de compensação pela prestação de serviço militar de antigos combatentes recrutados nas ex-colónias portuguesas, dos quais apenas oito estão em análise.
O Presidente da República assinalou hoje os 50 anos do massacre de Wiriyamu, Moçambique, afirmando que é tempo de assumir “em plenitude o que foi a inaceitável e terrível obra de alguns”, mas que responsabilizou Portugal como um todo.
O início de 1961 trouxe o conflito colonial para Angola. Em meados de março, estava-se já em guerra aberta entre os movimentos de libertação e as forças armadas portuguesas. Houve, todavia, sinais prévios do que aí viria. O primeiro deu-se na Baixa do Cassange, onde trabalhadores em regime forçado d
As missões religiosas tiveram um papel muito importante durante a guerra colonial e, apesar de fortemente vigiadas pelo regime, foram sempre polos de dissidência, disse o historiador António Costa Pinto.
As mulheres tiveram um papel fundamental na guerra colonial, da tradicional retaguarda à participação ativa num conflito em que assistiram feridos, carregaram armas e ganharam consciência política, defendeu a investigadora Margarida Calafate Ribeiro, em entrevista à Lusa.
A Marinha começou a preparar-se em 1957 para um cenário de conflito nas colónias portuguesas em África, organizando "todo o Ultramar” em comandos navais e de defesa marítima, considerou o almirante Leiria Pinto, em entrevista à Lusa.
O almirante Leiria Pinto, condecorado 20 vezes ao longo da carreira militar, considerou importante a desclassificação de documentos secretos sobre a guerra colonial para que se saiba “realmente” o que aconteceu em África.
O Comandante Naval de Angola emitiu em 1961 relatórios secretos dirigidos ao chefe do Estado-Maior da Armada em que manifestava suspeitas sobre a presença de navios de pesca russos e o desembarque de tripulantes para alegada assistência médica.
Poucas dezenas de ex-combatentes da guerra colonial concentraram-se ao início da tarde frente à Assembleia da República para reforçar a exigência da criação do Estatuto do Antigo Combatente, mais importante que qualquer compensação financeira, garantem.
O stress traumático de guerra afeta centenas ou milhares de militares portugueses. 45 anos depois da guerra colonial, o conflito ainda emociona os participantes de um colóquio da Associação de Apoio aos ex-Combatentes Vítimas do Stress de Guerra, em Lisboa.
Os governos angolano e português iniciaram hoje contactos para honrar os soldados portugueses que morreram em território angolano durante a guerra colonial e que "não foram devidamente reconhecidos", informou hoje o ministro da Defesa português, João Gomes Cravinho.
"As Voltas do Passado: a guerra colonial e as lutas de libertação" é o título do livro que foi apresentado hoje em Cabo Verde e que resgata memórias da guerra que mudou Portugal e levou cinco colónias portuguesa à independência.
O número de militares do Exército Português que desertaram entre 1961 e 1973 ultrapassou os oito mil, segundo uma investigação dos historiadores Miguel Cardina e Susana Martins que vai ser apresentada num colóquio sobre deserção e exílio.