A leitura do acórdão do julgamento do processo dos Hammerskins foi hoje marcada para 27 de junho no Juízo Central Criminal de Lisboa, após a conclusão das alegações finais, indicou hoje à agência Lusa fonte ligada ao processo.
Advogados de defesa pediram hoje a absolvição dos seus constituintes no julgamento do processo 'Hammerskins', contestando o crime de discriminação racial e outros ilícitos imputados aos arguidos, admitindo, em alguns casos, apenas posse de arma proibida.
O Ministério Público pediu hoje a condenação dos 27 arguidos do processo dos hammerskins, mas deixou cair alguns crimes graves de que vinham acusados, entre outros, os arguidos Hugo Magriço e João Vaz.
Uma testemunha declarou hoje que foi agredida, em 2015, num bar do Bairro Alto, por um grupo de "hammerskins" com socos, pontapés e o arremesso de uma garrafa que o atingiu na cabeça, necessitando de intervenção hospitalar.
Um inspetor da Polícia Judiciária (PJ) declarou hoje que só não foram "compilados mais processos de prova" contra os ‘hammerskins’ porque algumas das vítimas deste grupo de extrema-direita não quiseram prosseguir com as queixas por "receio de represálias".
O inspetor da Polícia Judiciária (PJ) Paulo Vaz revelou hoje que um dos "vetores" que originou a investigação do processo dos ‘hammerskins’ foi a agressão a um simpatizante comunista junto às Portas de Santo Antão, Lisboa, em 2015.
Um dos acusados no processo dos 'hammerskins' confessou hoje em julgamento ter participado com outros quatro amigos na agressão a um jovem negro, em 2013, em Lisboa, alegando não ter sido ele a esfaquear a vítima.