A queda da população de morcegos na América do Norte levou a um aumento do uso de pesticidas por agricultores como método alternativo para proteger as suas culturas dos insetos, o que resultou num aumento da mortalidade infantil humana, revela um estudo divulgado nesta quinta-feira.
O aumento da mortalidade infantil em Portugal no ano passado deve ser analisado por um grupo de trabalho a criar imediatamente pela Direção-Geral da Saúde (DGS), defendeu hoje a Ordem dos Médicos.
A taxa mortalidade infantil na União Europeia recuou para praticamente metade entre 1998 e 2018, de 6,6 mortes por cada mil nados-vivos para 3,4, e Portugal acompanhou esta tendência, revelam dados hoje publicados pelo Eurostat.
A taxa de mortalidade infantil na União Europeia (UE) fixou-se, em 2017, nas 3,6 mortes por mil nados-vivos, com Portugal a registar um valor abaixo da média (2,7 por mil), segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.
O primeiro trimestre do ano registou a morte de 75 crianças com menos de um ano em Portugal, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS), que salienta que se mantém o padrão do ano anterior.
A Direção-geral da Saúde (DGS) anunciou hoje a constituição de um grupo de trabalho para estudar a mortalidade infantil como uma das melhores demonstrações da evolução qualitativa dos cuidados de saúde e das condições socioeconómicas em Portugal.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mostrou-se hoje preocupado com o aumento da mortalidade infantil, defendendo que é preciso apurar as causas para que "não se volte a repetir no futuro".
A Ordem dos Médicos pediu hoje um "apuramento rápido" das causas do "aumento da mortalidade infantil", que, segundo dados provisórios da Direção-geral da Saúde, registou em 2018 o valor mais elevado desde 2013.
A mortalidade infantil atingiu em 2017 o valor mais baixo desde que há registos, tendo diminuído 0,7% face a 2016, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Angola e a Guiné Bissau estão no grupo de países com piores taxas de mortalidade infantil até aos cinco anos, segundo um relatório divulgado na quinta-feira pela UNICEF.