O papa Francisco abordou as alegações de abuso sexual contra o bispo timorense Ximenes Belo, sugerindo numa entrevista que o vencedor do Prémio Nobel da Paz teve permissão para se aposentar mais cedo, ao invés de enfrentar um processo.
Deputados timorenses pediram hoje ponderação e prudência relativamente ao caso do ex-administrador apostólico de Díli, Ximenes Belo, manifestando solidariedade com o prelado e pedindo aos media que publiquem "noticias fundamentadas".
A ONU e grupos de defesa de sobreviventes de abuso sexual do clero pediram ao Papa Francisco uma investigação, para determinar quem teria conhecimento de casos de abuso sexual que possam envolver o ex-bispo de Díli, Ximenes Belo.
O Instituto Nobel da Noruega esclareceu hoje estar "fora do âmbito de competências do Comité" retirar o Nobel da Paz a Ximenes Belo, suspeito de abusos sexuais de menores, e escusou-se a comentar o caso.
O Vaticano anunciou hoje ter imposto sanções disciplinares ao bispo timorense Ximenes Belo nos últimos dois anos, após alegações de que o Nobel da Paz teria abusado sexualmente de menores no seu país nos anos 1990.
O caso que envolve suspeitas de abusos sexual de menores pelo ex-administrador apostólico de Díli Ximenes Belo está com os órgãos competentes da Santa Sé, disse hoje o representante do Vaticano em Timor-Leste, sem confirmar se o prelado foi ou não investigado.
O bispo Ximenes Belo agradeceu hoje o contributo de Jorge Sampaio para "a independência de Timor", dizendo estar "triste e comovido" com a morte do antigo Presidente da República português.