“Acelerar a próxima vaga de transformação digital da economia e da sociedade em Portugal, a começar já pelos mais jovens”, é o objetivo da segunda edição do App Start Up, que irá decorrer no dia 23 de outubro, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.
Lá vão ser apresentadas aplicações criadas ao longo das primeiras cinco edições do Apps for Good, um programa “que pretende seduzir jovens (entre os 10 e 18 anos) e professores para a utilização da tecnologia como forma de resolver os seus problemas, propondo um novo modelo educativo mais intuitivo, colaborativo e prático”, explica a organização em comunicado.
O objetivo deste projeto, lançado pelo Centre for Digital Inclusion (CDI) Portugal, é “desenvolver aplicações para smartphones e tablets que possam contribuir para a resolução de problemas relacionados com a sustentabilidade do mundo em que vivemos”.
No palco Tech Talks do App Start Up, vão estar a fazer o pitch os responsáveis pelas aplicações “1936” (Escola Quinta do Marquês, Oeiras), “Move in Pico” (Escola Cardeal Costa Nunes, Pico, Açores), “Smart Study” (Escola Secundária de Nelas), “MustBeGreen” e “Only Heal” (ambas pela Escola B.S. Levante da Maia, Maia), ”Color You” (Instituto dos Pupilos do Exército, Lisboa), “Coursly” (Escola B.S. Padrão da Légua, Matosinhos), “SOS Alzheimer” (Escola B.S. Campo de Besteiros, Tondela), “Johnny Aprende” e “EcoA” (ambas trazidas pelos Salesianos do Estoril).
Antes da apresentação dos alunos, a sessão de abertura vai ficar a cargo de Filipe Almeida, Presidente da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social. Após o pitch dos participantes, vai decorrer um debate à volta do tema “Depois do Apps for Good, o que acontece às soluções tecnológicas desenvolvidas pelos alunos?”, que contará com a participação de Filipe Almeida, António Silva (Direção-Geral da Educação) e Sandra Aparício (Galp), e será moderado por Fátima Caçador (jornalista da Casa dos Bits).
Depois das apresentações, as aplicações ficarão em formato feira, visíveis aos profissionais das áreas de negócios, empreendedorismo e tecnologia presentes no certame. Segundo a organização, estarão na audiência representantes de empresas como a Google, IBM, Adobe, Miele, Oracle, Siemens, entre outras.
Esta iniciativa vai ocorrer em plena Portugal Digital Summit, uma conferência de Economia Digital promovida pela ACEPI - Associação da Economia Digital, que começou hoje.
“O App Start Up pretende criar condições para que os alunos que participaram em todas as edições do Apps for Good possam continuar e consolidar o trabalho já desenvolvido e, dessa forma, ser um incentivo e um acelerador da próxima vaga da transformação digital da economia e da sociedade em Portugal”, afirma João Baracho, diretor executivo do CDI Portugal.
A Apps for Good já se encontra na sua sexta edição, recordando a organização que já participaram mais de 9600 alunos e 830 professores de 320 escolas. O programa decorre ao longo do ano letivo, sendo que "professores (de todas as áreas disciplinares) e alunos têm acesso a conteúdos online com uma metodologia de projeto de 5 passos", explica a organização. "Para apoiar no desenvolvimento do projeto, os participantes têm acesso a uma rede de especialistas que se ligam online à sala de aula, para prestar todo o apoio de esclarecimento de dúvidas. O modelo de implementação poderá ser em regime curricular ou extracurricular”, acrescenta.
O CDI, que se apresenta como uma “organização não-governamental de inclusão e inovação social e digital”, foi fundado no Brasil em 1995 por Rodrigo Baggio. A organização está em Portugal desde 2013, sendo responsável não só pelo Apps for Good, como também pelo Centro de Cidadania Digital e pelo Muda na Escola.
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