A proibição determinada pelos Estados Unidos, em nome da segurança social, visava objetivamente desativar as funções da aplicação (app) utilizada por cerca de 19 milhões de pessoas em solo norte-americano para trocar mensagens, fazer compras e pagamentos e outros serviços.
A imposição foi, no entanto, contestada em tribunal por um grupo de utilizadores da app que alegaram que a decisão restringia a liberdade de expressão.
Na sexta-feira passada, o Departamento de Comércio dos EUA anunciou que ia passar a bloquear os ‘downloads’ das apps WeChat (o WhatsApp chinês) e TikTok (para partilha de vídeos) em sites de compra de aplicações dos EUA e que as autoridades do país vetariam o seu uso integral nos Estados Unidos a 12 de novembro, citando preocupações com a segurança nacional.
No caso do WeChat, também proibiu a possibilidade de, a partir de domingo (hoje), ser possível fazer qualquer transferência de fundos ou pagamentos nos EUA por meio desta app.
A China disse no sábado que agiria contra empresas e indivíduos estrangeiros que “pusessem em risco” a sua soberania e segurança, e emitiu novas regras relativas a uma lista de “entidades não confiáveis”, anunciada há mais de 15 meses e ainda por publicar.
Entretanto, no sábado, o Governo dos Estados Unidos anunciou que iria adiar, por uma semana, a aplicação das medidas contra a TikTok, depois de Trump ter dado o seu aval a um acordo preliminar para que pudesse continuar a operar no país.
As táticas agressivas da administração Trump fazem parte da sua última tentativa de conter a influência da China, uma superpotência económica em ascensão.
Desde que assumiu o cargo, em 2017, Trump tem travado uma guerra comercial com a China, bloqueando fusões que envolvam empresas chinesas e sufocando os negócios de empresas chinesas como a fabricante de telemóveis e equipamentos de telecomunicações Huawei.
O Ministério do Comércio da China condenou as medidas dos Estados Unidos e instou o país a parar aquilo que chamou de “comportamento de intimidação”.
O ministério garantiu ainda que a China tomará as “medidas necessárias” para proteger as suas empresas chinesas.
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