"Dada a novidade e a dificuldade deste caso, o tribunal deveria considerar suspender o prazo legal para proporcionar mais tempo para que estas questões sejam abordadas", escreveu a equipa jurídica de Trump, pedindo assim "a oportunidade de procurar uma resolução política" para o caso.

Trump opôs-se ferozmente ao TikTok durante o seu primeiro mandato (2017-2021) e tentou, sem sucesso, proibir a plataforma de vídeos por motivos de segurança nacional.

O republicano expressou preocupações, também ecoadas pelos seus rivais políticos, de que o governo chinês pudesse ter acesso aos dados dos utilizadores americanos do TikTok ou manipular o que é exibido na rede social.

As autoridades norte-americanas também manifestaram preocupação com a popularidade da plataforma entre os jovens, alegando que a empresa matriz estará ao serviço de Pequim e que a aplicação é usada para disseminar propaganda.

Tanto a ByteDance quanto o governo chinês negam estas alegações.

Trump tinha exigido que uma empresa norte-americana comprasse o TikTok e que o governo participasse do preço de venda. O seu sucessor, o democrata Joe Biden, foi além disso, assinando uma lei para proibir a aplicação pelas mesmas razões.

No entanto, Trump parece ter mudado de ideias. "Agora que penso nisso, sou a favor do TikTok, porque precisamos de concorrência", disse recentemente à Bloomberg.

No documento apresentado esta sexta-feira, o advogado de Trump deixou claro que o presidente eleito não está a tomar uma posição sobre o mérito jurídico do caso atual.

"Em vez disso, solicita respeitosamente que o tribunal considere suspender o prazo legal para o desinvestimento até 19 de janeiro de 2025, enquanto analisa os méritos do caso, permitindo assim que a Administração do presidente eleito Trump procure uma resolução política para as questões em disputa", escreveu o advogado John Sauer.