Em declarações hoje à agência Lusa, a propósito das comemorações do Dia Mundial dos Direitos dos Consumidores que se assinala no dia 15 de março, o secretário de Estado Adjunto e do Comércio, Paulo Ferreira, sublinhou que o objetivo do Governo é ter respostas para as reclamações por via eletrónica num prazo máximo de 15 dias úteis (anteriormente não existia prazo máximo de resposta).
“Na próxima semana vamos lançar o livro de reclamações ‘online’ para marcar o dia Mundial dos Direitos do consumidor. A partir de 1 de julho vai existir mais um meio a partir do qual o consumidor pode exercer o seu direito e também de cidadania a reclamar. O Governo, dessa forma, está a contribuir para que os direitos possam ser exercidos de forma mais simples, rápida e acessível”, adiantou.
De acordo com o secretário de Estado Adjunto e do Comércio, inicialmente o livro de reclamações ‘online’ será implementado aos serviços públicos essenciais (como por exemplo água, energia elétrica, gás, etc) e mais tarde a todos os setores de atividade económica.
“O objetivo do Governo é que cada vez mais este meio possa ser utilizado (…). Que possa ser cada vez mais um meio a partir do qual o consumidor reclama junto dos seus reguladores e entidades fiscalizadoras de mercado”, disse.
Segundo Paulo Ferreira, o objetivo passa também por tornar mais céleres potenciais litígios.
O secretário de Estado adiantou também que o livro de reclamações ‘online’ “está inserido num conjunto de medidas que o Governo está a dinamizar no sentido de aprofundar, facilitar o exercício do direito dos consumidores”.
“O Governo através de um despacho assinado no ano passado entre a secretaria de Estado da Justiça e da Economia criou um grupo de trabalho que visou pensar medidas para dinamizar a rede de exercício dos direitos do consumidor. Este grupo já apresentou um relatório ao Governo e neste momento está a ser apresentado às entidades fiscalizadoras e reguladoras do mercado e centros de arbitragens”, adiantou.
O secretário de Estado avançou que até ao “fim do ano vai haver novas iniciativas no sentido de reforçar aquilo que são os meios através dos quais o consumidor pode exercer os seus direitos”, com o objetivo de “obter uma justiça mais célere, mais simples e mais barata”.
“Quero ainda salientar que o livro de reclamações em papel vai continuar a existir porque é um elemento importante“, disse.
O Livro de Reclamações ‘online’ vai ser apresentado no dia 15 de março na Direção-Geral do Consumidor com a presença do secretário de Estado Adjunto e do Comércio e do Ministro da Economia.
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