“Imagine isto por um segundo: um homem com total controlo de dados roubados de mil milhões de pessoas, todos os seus segredos, as suas vidas, os seus futuros”, afirma, de forma manipulada, Mark Zuckerberg.
“Eu devo tudo isso ao Spectre. O Spectre mostrou-me que quem controla os dados, controla o futuro”, referiu no vídeo manipulado Zuckerberg.
O vídeo foi criado pela empresa israelita Canny AI, e pelos artistas Bill e Daniel Howe.
Além do vídeo de Zuckerberg, foram já apresentados vídeos com o Presidente dos EUA, Donald Trump, o ator norte-americano Morgan Freeman, a celebridade Kim Kardashian ou a artista sérvia Marina Abramovic.
Esses vídeos manipulados são conhecidos como “deepfake” devido às técnicas de inteligência artificial usadas para desenvolvê-los com resultados extremamente realistas.
No mês passado, o Facebook não quis remover de sua plataforma um desses vídeos falsos da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, embora a empresa tivesse assegurado que iria reduzir o alcance do vídeo e bloquear os incentivos económicos, entre outras medidas, como faz em situações semelhantes.
Face ao dilema do que fazer com o vídeo de Zuckerberg, um porta-voz do Instagram assegurou aos media dos EUA que não tinham intenção de eliminá-lo.
“Vamos tratar esse conteúdo da mesma forma que tratamos todas as desinformações no Instagram, se terceiros o marcarem como falso, vamos filtrá-lo de plataformas de recomendação do Instagram como o Explore ou as páginas de ‘tags'”, segundo o Instagram.
A rede social Facebook tem estado imersa em escândalos de privacidade e divulgação de informações falsas.
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