“A Portuguesa”, que foi exibido este mês no Festival de Cinema de Berlim, é um filme de época que “abre uma porta para a atualidade” e tem muito a ver com os dias de hoje, revelou Rita Azevedo Gomes em declarações à Lusa no festival de Berlim.
“Interessa-me que passe uma certa atualidade da nossa época para dentro de uma história que acontece num século muito antigo. […] Estamos perante uma história que tem muito a ver com os nossos dias. Não posso falar de umas pessoas que nem sei se existiram sem estar a falar das pessoas que estão ao meu lado e do que se passa hoje em dia”, sublinhou na altura a realizadora portuguesa.
A história está ambientada no século XVI, no norte de Itália, quando os von Ketten disputam as forças do Episcopado de Trento.
“A Portuguesa” já foi descrito pela crítica como uma homenagem a Manoel de Oliveira e Rita Azevedo Gomes como sendo uma discípula, mas a realizadora portuguesa nega as comparações.
“Não. Sou discípula de Manoel de Oliveira como das pinturas, dos pintores e dos músicos. Com toda a admiração que eu tenho por ele, não me lembro dele nem dos filmes dele quando faço os meus filmes. Agora se por trás está isso… gosto muito dos filmes dele e dele como pessoa. Mas realmente põem-me esse cunho, fico muito orgulhosa, mas não sinto assim”, responde.
O filme “A Portuguesa” é protagonizado por Clara Riedenstein e conta ainda no elenco com atores como Marcello Urgeghe, Rita Durão, Ingrid Caven e João Vicente.
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