Também houve momentos políticos com artistas a abordar as questões que dividem os Estados Unidos, semanas após o republicano Donald Trump ter regressado à Casa Branca.
Estes foram alguns dos momentos que marcaram a gala mais importante da música:
Noite política
Migração, diversidade, sistema de saúde, questões de género: a noite mais importante da música não ficou indiferente às questões que polarizam a sociedade americana.
Shakira dedicou seu Grammy pelo Álbum de Pop Latino aos "meus irmãos e irmãs imigrantes" nos Estados Unidos, onde o presidente Trump prometeu deportações em massa.
"Este não é o momento de silenciar as vozes da diversidade que vimos no palco", disse Alicia Keys ao aceitar o prémio honorário Dr. Dre de impacto global.
Lady Gaga usou o seu espaço para defender a comunidade queer, enquanto Chappell Roan defendeu que as gravadoras oferecessem melhores condições contratuais, incluindo benefícios como plano de saúde, aos seus artistas.
Novos talentos
Talentos emergentes dominaram a cena do Grammy. Sabrina Carpenter encantou o público com seus sucessos "Please Please Please" e "Espresso" numa apresentação de inspiração retro, enquanto a princesa do centro-oeste Chappell Roan, vencedora da categoria Melhor Artista Revelação, soltou a sua extravagância ao cantar "Pink Pony Club".
Outros candidatos à cobiçada categoria revezaram-se num medley que arrancou aplausos e dança.
De Benson Boone e suas piruetas, a Shaboozey e a sua cativante música country "A Bar Song (Tipsy)", ao rítmico Teddy Swims e a voz imponente de Raye, até a performance energética do rapper da Flórida Doechii, que levantou todo mundo da cadeira.
Mulheres negras brilharam
Foi uma noite histórica para as mulheres negras. Beyoncé finalmente ganhou o Grammy de Álbum do Ano por "Cowboy Carter", um trabalho sincero e profundo que abrange vários géneros, inclusive o country.
Doechii, por sua vez, levou para casa o prémio de Melhor Álbum de Rap, tornando-se apenas a terceira mulher a vencer nesta categoria.
"Muitas mulheres negras estão a ver-me agora, e eu quero dizer-lhes: 'Vocês conseguem!'", disse ao receber a estatueta.
LA forte
A gala foi uma homenagem à resiliência da cidade, aos socorristas e aos artistas que chamam Los Angeles de lar.
O vocalista do Red Hot Chili Peppers, Anthony Kiedis, e o seu baterista Chad Smith subiram ao palco para apresentar um prémio, apresentaram versões a cappella do grande sucesso da banda de Los Angeles, "Under the Bridge".
Lady Gaga e Bruno Mars cantaram um cover do clássico "California Dreamin'", do Mamas and the Papas, enquanto Billie Eilish usou um boné dos Dodgers na sua apresentação.
Durante a transmissão, um código QR foi exibido pedindo aos espectadores que fizessem doações para ajudar as vítimas do incêndio.
Sete milhões de dólares foram arrecadados, de acordo com o apresentador Trevor Noah. E quando um grupo de bombeiros de Los Angeles subiu ao palco para apresentar o prémio final da noite, Álbum do Ano, levado por Beyoncé, recebeu uma longa salva de palmas.
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