O tema para a edição de 2020 foi anunciado na página da internet do Boom Festival que cita Paul Crutzen, um dos vencedores do prémio Nobel da Química em 1995, e o professor de biologia Eugene Stoermer, que desenvolveram o termo Antropoceno para se referir ao impacto das atividades humanas sobre o planeta Terra.
"Não pode haver dicotomia entre o planeta e a humanidade. Precisamos urgentemente de novas maneiras de coabitar harmoniosamente e temos que fazê-lo agora. Não podemos dar ao pessimismo o espaço para atrapalhar", lê-se na página do festival.
A organização do Boom Festival sublinha que o grande volume de pessoas que vivem na Terra podem facilmente despojar o planeta de tudo o que tem e não deixar nada para as gerações futuras.
“No entanto, há uma dualidade em jogo aqui e as evidências são vistas no poder de combinar nosso conhecimento com a tecnologia para reverter a situação. Tudo depende de nós e apenas de nós. Todos nós aqui e agora", refere.
O festival lembra ainda que há 50 anos, a população global do planeta era de 3,5 mil milhões, sendo que atualmente atinge os 7,6 mil milhões de pessoas no mundo.
"As previsões apontam que alcançaremos a marca de 9,8 [mil milhões] até 2050, com 70% da população a viver nas cidades. A pressão urbana aumentará e, até 2030, as populações em cidades como Lagos e São Paulo serão superiores a 30 milhões. Não há dúvida de que a capacidade do mundo de nos conter e sustentar é afetada pelos estilos de vida que escolhemos. Nove biliões de pessoas nos países industrializados que consomem carne, peixe e energia estão longe de serem sustentáveis", conclui.
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