As cartas manuscritas, enviadas nas décadas de 1980 e 1990 a Cyril Dickman, que trabalhou no palácio de Buckingham durante 50 anos, desvendam um pouco do que era a vida da princesa e da sua família no palácio de Kensington e constituem “uma coleção única de memórias reais”, indicou a leiloeira Cheffins, sediada em Cambridge.
Numa dessas cartas, enviada cinco dias após o nascimento de Harry, em setembro de 1984, a princesa de Gales diz estar a viver “um período particularmente feliz”.
“William adora o seu pequeno irmão e passa o tempo a cobri-lo de beijos e festas, só dificilmente deixando os pais aproximar-se”, escreveu a então mulher do herdeiro da coroa britânica, o príncipe Carlos, na carta arrematada por 3.200 libras (3.700 euros), cerca de cinco vezes mais que a estimativa feita antes de ir a licitação.
“O nascimento desta pequena pessoa virou-nos a vida do avesso e tenho dificuldade em respirar com a quantidade de flores que aqui foram entregues”, confidencia a princesa britânica ao mordomo, que a apoiou em situações como a morte do pai, em 1992.
Em outubro de 1992, ela escreveu outra carta, antes de viajar para a Ásia com Carlos.
“Os meninos estão bem e gostam muito da escola, apesar de o Harry estar sempre a ser repreendido”, relata, acrescentando: “Partimos em novembro para uma visita à Coreia do Sul, um bom sítio para fazer as compras de Natal!”.
Com um valor estimado em entre 600 e 900 libras, a carta encontrou comprador por 2.400 libras (2.800 euros).
O leilão incluía 40 objetos, entre os quais, além das cartas, fotografias e cartas de agradecimento pertencentes ao mordomo. O conjunto dos lotes alcançou 55.000 libras (64.000 euros).
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