Este festival vai ocupar vários espaços do CCB durante o fim de semana, com uma extensa programação para diferentes públicos, com mais de uma centena de autores, artistas e intelectuais convidados, cruzando duas celebrações: a do Dia Mundial da Língua Portuguesa, a 05 de maio, e os 50 anos da revolução de 25 de Abril de 1974.
“Dezenas de falantes e ouvintes de todas as geografias ajudam-nos a refletir sobre uma relação de centenas de anos, a discutir a pluralidade de raízes e identidades, sem rasurar a complexidade, a violência e a exclusão da História”, lê-se na nota de imprensa do FeLiCidade.
Entre as iniciativas programadas está, por exemplo, uma aula do tradutor e investigador Frederico Lourenço sobre Camões, assinalando-se, assim, os 500 anos do nascimento do poeta, e outra da escritora Maria Antónia Oliveira sobre Alexandre O’Neill, agora que foi reeditada a biografia do autor.
São propostas ainda várias conversas, colocando em diálogo escritores “de cada um dos vértices transoceânicos” em língua portuguesa, como o ativista indígena brasileiro Daniel Munduruku, as escritoras portuguesas Joana Bértholo, Dulce Maria Cardoso, Hélia Correia e Isabela Figueiredo, o timorense Luís Cardoso ou a poeta são-tomense Conceição Lima.
Destaque ainda para a palestra conferência “Génera”, sobre “a manifestação do género na língua portuguesa”, pela dramaturga e atriz brasileira Keli Freitas, e para a sessão “Palavras que me servem — Glossário Queer”, por André Tecedeiro e Laura Falésia.
Nenny, La Familia Gitana, Puta da Silva, Luca Argel & Filipe Sambado, Scúru Fitchádu & Azia, Mynda Guevara e Juana na Rap são alguns nomes que se perfilam para os concertos no festival.
Entre as apresentações editoriais está “Tarrafal”, o livro do jornalista João Pina que recupera fotografias tiradas pelos bisavós no campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde.
No cinema, será ainda mostrada a série documental “Herdeiros de Saramago”, de Carlos Vaz Marques e Graça Castanheira, sobre os escritores que venceram o prémio literário José Saramago.
O festival tem entrada gratuita e é uma das primeiras iniciativas da diretora artística para as artes performativas e o pensamento do CCB, Aida Tavares, nomeada no final de 2023.
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