De acordo com a Fundação D. Luís I, na mostra, inédita em Portugal, “parte da trajetória da incomparável designer de moda francesa é contada a partir das suas fotografias pessoais, de obras de arte – representativas das vanguardas artísticas da Paris do século XX – e de peças de vestuário que ostentam a emblemática camélia, flor símbolo da marca fundada por Gabrielle ‘Coco’ Chanel há mais de um século e que até hoje continua a influenciar a maneira como a moda é pensada e como se vestem as mulheres”.
“Coco Chanel, além da moda” estará patente no Centro Cultural de Cascais até 03 de novembro, no âmbito da programação do Bairro dos Museus.
A exposição inclui fotografias pessoais de Coco Chanel e também “obras de alguns dos artistas com quem partilhou paixões, interesses e inspirações na Paris das primeiras décadas do século passado”.
“Do cubismo, ao dadaísmo e ao surrealismo, os movimentos que ali surgiram foram decisivos em todas as disciplinas, da moda à arquitetura, da dança, ao teatro e à literatura”, recorda a Fundação D. Luís I.
A exposição explora uma das facetas menos conhecidas de Coco Chanel: “a de mecenas e musa de artistas que eram seus contemporâneos”.
Por isso, imagens captadas por fotógrafos como André Kertesz, Man Ray e François Kollar – incluindo alguns dos retratos mais icónicos de Chanel e cenas do seu lendário apartamento no Hotel Ritz de Paris – dividem o espaço do Centro Cultural de Cascais com obras de Salvador Dalí (que desenhou o frasco do perfume Chanel nº 5), esculturas de Apel.les Fenosa, pinturas de Tamara de Lempicka, Óscar Domínguez e Josep María Sert, litografias e águas-tintas de Pablo Picasso.
A mostra inclui também uma secção sobre a moda da época, “com referências a nomes como Elsa Schiaparelli e Madeleine Vionnet, também elas criadoras cuja influência transcende a passagem do tempo”.
Coco Chanel é um dos nomes mais importantes da história da moda. Nascida em 1883 em Saumur, França, começou por trabalhar como costureira, na adolescência.
Em 1912 abriu uma boutique, em Deauville, e passou as quase sessenta décadas seguintes a ditar tendências na Alta-Costura.
Morreu em Paris, em 1971, e as suas criações, “revolucionárias para o seu tempo, inspiraram as mulheres a abandonar os excessos e o desconforto dos espartilhos da moda oitocentista em favor de um novo estilo livre, simples e elegante”.
Em “Coco Chanel, além da moda” são mostradas também peças de roupa da casa Chanel, como os clássicos sapatos bicolores de salto raso, malas com alças de corrente, vestidos e conjuntos de ‘tailleurs’ e saias e casacos de tweed.
De acordo com a Fundação D. Luís I, trata-se de peças criadas nas últimas décadas, “que ilustram perfeitamente o estilo criado por Coco Chanel e que evidenciam o apelo intemporal e a influência duradoura do império que construiu”.
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