A edição de 2021 dá continuidade ao tema “Ciências e Políticas da Matéria Animada”, que foi iniciado na última edição, refletindo sobre os “Limites do Humano”, e desta vez olha para os “Perpétuos Efémeros”.
É com “A Abertura da Abertura”, um filme que será divulgado ‘online’ e projetado nas estações de metro do Porto, de 08 a 24 de outubro, que o festival arranca, mas a “abertura oficial”, como caracterizou o diretor artístico, Igor Gandra, chega a 15 e 16 de outubro, com “Le Pas Grand Chose”, de Johann Le Guillerm, no Rivoli.
Trata-se de “uma conferência-performance em que o artista apresenta uma espécie de teorias científicas delirantes que são comprovadas empiricamente perante o público”, explicou o responsável.
Johann Le Guillerm estará, a 17 de outubro, no Teatro Campo Alegre para uma aula.
Há ainda “O Julgamento de Ubu”, com encenação de Nuno M. Cardoso, que se estreia hoje no Teatro Nacional São João, mas integra o programa do FIMP a 15 e 16 de outubro.
Na apresentação do certame, que aconteceu hoje no Teatro Rivoli, o programador disse à Lusa que a peça “materializa não apenas a parceria do festival com o TNSJ, mas também com o Teatro de Marionetas do Porto, que é uma companhia de referência da cidade”.
O Teatro de Ferro traz, a 20 e 21 de outubro, ao Campo Alegre, “A Revolta dos Objetos”, uma “conferência animada” que faz parte do ciclo iniciado com “Objetoteca Popular Itinerante”.
Ainda a 16 de outubro há a estreia nacional de “Robot Dreams”, dos alemães Meinhardt&Krauss, que regressam ao Porto quase 20 anos depois para levar ao Campo Alegre um espetáculo “onde a fronteira entre homem, máquina e objetos se dilui”.
No mesmo espaço, o público mais novo poderá ver também pela primeira vez, de 22 a 24 de outubro, “Pour Bien Dormir”, que cruza teatro de sombras e animatrónica, numa viagem “assustadora”, mas na qual “vale a pena enfrentar o medo”, realçou Igor Gandra.
Outra das estreias nacionais é “Big Bears Cry Too”, também dedicado a “crianças e jovens de todas as idades e feitios”, no Teatro Carlos Alberto a 23 e 24 de outubro.
Em estreia absoluta está “Os Sonhos do Tom”, da Limite Zero, a 22 e 23 de outubro na Casa da Música.
À Lusa, Igor Gandra destacou ainda que o FIMP “tem, tradicionalmente, um olhar muito mais orientado para a contemporaneidade, mas é também um festival que se preocupa a dar a conhecer aquilo que faz parte do património cultural, particularmente o património cultural português, como os Bonecos de Santo Aleixo, ou o Teatro Dom Roberto”, que “passou a ser inscrito no Inventário do Património Imaterial Cultural”.
Os Bonecos de Santo Aleixo pisam o palco do Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery com “Auto da criação do mundo”, a 22 de outubro, e “Os Robertos estão na rua!” no dia 23, no Jardim da Cordoaria.
Destaque ainda para os “Concertos Promenade 2.0”, no Coliseu do Porto, em que o pianista Filipe Raposo musica os filmes “Cinderela e outras histórias”, no dia 17 de outubro, e “As Aventuras do Príncipe Achmed”, no dia 24, ambos de Lotte Reiniger.
Para além das habituais parcerias com o Teatro Municipal do Porto, o Teatro Nacional São João, o Teatro Municipal de Matosinhos, o Teatro de Ferro e a Sonoscopia, o Coliseu do Porto associa-se também ao FIMP, que chegará ainda à Casa da Música, no Círculo Católico de Operários do Porto e à CRL – Central Elétrica.
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