A exposição “Epicentro: Milagre” estará patente de 29 de março a 28 de junho no Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, assinalando, também, o quinto aniversário do espaço, e conta com obras de Berru, Francisco Lacerda, João Ferreira, Tito Mouraz e Vincent Moon e Priscilla Telmon.
A mostra multidisciplinar que marca o arranque do festival explora “a fé, a crença, o delírio e a imaginação sobre a criação e destruição da natureza e da cultura, o espantoso divino, tremor e o terror”, explicou hoje a organização.
Em conferência de imprensa, hoje, em Ponta Delgada, o codiretor artístico António Pedro Lopes anunciou que o festival se vai estender, pela primeira vez, a Vila Franca do Campo e que a cidade “ganha a sexta-feira do festival”, com vários concertos distribuídos entre o pavilhão Açor Arena e o Mercado do Peixe.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Vila Franca do Campo, Ricardo Rodrigues, destacou que “as instituições públicas têm por obrigação participar naquilo que é um aspeto lúdico recreativo e cultural das suas populações”, revelando que, no concelho “vai acontecer de tudo um pouco, [mas] algumas são surpresas e dessas não se fala”.
A sétima edição do certame, que já esgotou, vai voltar a ter o Mini-Tremor, dedicado aos mais novos, que acontece no Estúdio 13, e várias residências artísticas como o projeto Atlas São Miguel, de Ana Borralho e João Galante, que chama 100 residentes da ilha, uma convocatória a que já responderam 62 pessoas, ou a já habitual colaboração da Escola de Música de Rabo de Peixe, “a joia da coroa”, considerou o curador António Pedro Lopes, que atua no festival desde a primeira edição, e este ano se juntam a Jerry the Cat.
Repetentes são também os utentes da Associação de Surdos da Ilha de São Miguel, que se voltam a juntar aos ondamarela, para um espetáculo com músicos ainda por revelar, e Filho da Mãe, Norberto Lobo e Ricardo Martins, que se juntam em palco, num projeto em estreia nos Açores.
Há espaço ainda para artistas açorianos como o ‘rapper’ Lil Kyra, a banda In Peccatvm, Luís Gil Bettencourt e Mário Raposo e Luís Senra, Sofia Caetano e PMDS, que assumem a banda sonora para trilhos na ilha de São Miguel, no Tremor Todo-o-Terreno, que este ano passa de duas para seis sessões, acomodando 600 pessoas.
Também presente na apresentação da edição de 2020, a diretora regional da Cultura, Susana Goulart Costa, destacou que o Tremor tem o “mérito de ser um festival de inclusão” e demonstrou interesse em perceber o “legado que o Tremor já deixou e eventualmente deixará nos anos subsequentes".
Em representação da Câmara Municipal de Ponta Delgada, o coordenador da Cultura do município, José de Mello, elogiou o “cartaz muito enriquecedor, de inclusão, que valoriza outras artes que não são tão valorizadas como tem sido a música nos Açores” e salienta que é um “festival que não está limitado a um território de Ponta Delgada, mas que percorre outros concelhos de São Miguel”.
Para a sétima edição do festival Tremor estão confirmados nomes como Anna Meredith, Lena D'Água, Solar Corona, Angélica Salvi, Conferência Inferno, The Dirty Coal Train, Juana Molina, Kathryn Joseph, Föllakzoid e Gabber Modus Operandi, entre outros.
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