Depois de três edições com sede em Lisboa, o Lisboa Dance Festival continua perto do Tejo, mas agora no concelho de Cascais. As mudanças não se ficam pela nova morada: o festival é agora ID_No Limits, com a assinatura “contemporary sounds”.

Karla Campos, CEO da Live Experiences, que organiza também o EDPCoolJazz, é mentora e criadora deste festival que diz ter “um posicionamento avant-garde”. Sobre esta nova mudança de ares, explica ao SAPO24 que “houve um upgrade da assinatura e do que é o verdadeiro conceito do festival”. O ID_No Limits “vai buscar o que há de melhor na música urbana, e tenta fazer uma leitura atenta do que se está a passar e do que melhor há na música que se está a ouvir em Portugal e no Mundo”.

O seu objetivo, continua, é “trazer tudo o que é contemporâneo no campo das artes, com foco na música”: O ID “não é o futuro, é o agora”. “Quisemos trazer desse universo os projetos emergentes e que estão a ditar tendências. Há uma oferta alargada, o cartaz não fica só restrito à eletrónica ou só ao hip-hop, há vários estilos a convergir numa noite. As pessoas não ouvem só um estilo de música, ouvem vários. E é agradável ao espetador chegar ao festival e sentir-se satisfeito e preenchido”.

O cartaz já está fechado. As atuações vão estar divididas entre cinco salas, começando pelo Grand Hall Cascais, onde vão atuar IAMDDB, Madlib (em formato DJ set), Little Dragon e Arca. No Auditorium vão atuar Vessel + Pedro Maia, Pedro Mafama, Dino D’Santiago e Kamaal Williams. Na Sala 001 Super Bock vão atuar Moullinex e existirá uma curadoria PARKBEAT, e na Sala 002 Eristoff atuam DJ Nigga Fox e Xinobi (DJ set), entre outros.

Para além de algumas atuações com recurso a visual arts, como o caso de Vessel com Pedro Maia, haverá ainda uma instalação inédita do coletivo português 00:NEKYIA. Com seis metros de altura, é um misto de projeção com tecnologia, e dará a oportunidade às pessoas de interagir com a peça.

Outra das novidades é o Cascais Silent Disco, um “espaço em silêncio transformado em pista de dança”. “Foi uma proposta trabalhada entre nós e a Câmara de Cascais”, explica Karla Campos. A inovação “quer proporcionar, de uma forma diferente, uma zona de música e dança”. “Haverá dois DJs, as pessoas recebem os phones e escolhem que DJ querem ouvir e a sonoridade que está a passar; podem alternar as vezes que quiserem”. A escolha é feita através de um equipamento disponibilizado no local. “É outra forma de ouvir e sentir a música e de estar com amigos”, explica a mentora do festival.

A 29 de março a pista terá house e disco (Sheri Vari), e as novidades do baile funk e do R&B (Nuria). No segundo dia (30 de março) é a vez de afro e eletrónica clobal (Progressivu) com o hip-hop new e old school (DJ Respeito).

Sobre o públic-alvo, Karla Campos diz que a “aposta é nacional”, “porque é um festival recente”. Mas não esconde que há um foco internacional. “Queremos diversificar o público. Prova disso é a nossa comunicação, que anda sempre em torno do bilíngue”. A promoção, por exemplo nas redes sociais, está alargada ao exterior.

O ID quer continuar no concelho de Cascais e no Estoril. O objetivo, no futuro, é alargá-lo “a outros espaços passíveis de virem a ser explorados, a mais dias e a mais artistas”.

O passe do festival tem um valor de 45,00 euros, até 28 de março, passando depois a custar 50,00 euros. O bilhete diário é de 35,00 euros. O cartaz completo e respetivos horários podem ser consultados aqui.