Sob a batuta de Joana Carneiro, a JMJ, que tem início na terça-feira e termina no dia 06 de agosto, vai ter cerca de 300 músicos, 200 coralistas e à volta de 100 na orquestra, e são maioritariamente jovens “músicos de todo o país que se uniram há um ano para começar a preparar esta jornada”, afirmou hoje à tarde a maestrina, pouco antes do ensaio começar.
“Temos pessoas que dão o seu tempo, os seus conhecimentos, para estar aqui connosco a ensaiar, de forma voluntária”, disse.
Joana Carneiro adiantou que, para além da orquestra e do coro, o elenco “é composto por pessoas de todo o mundo que estão a ensaiar há muito tempo”.
“E para trazerem também aquilo que são os sinais do nosso tempo, na via-sacra e também na vigília” programadas para esta JMJ, na qual “a cultura portuguesa estará representada de várias maneiras”, como o fado e o cante alentejano, por exemplo, mas “também as culturas do mundo”.
Para Joana Carneiro, nesta JMJ, além da dimensão humana que passa pelo facto dos músicos e artistas estarem reunidos a fazerem aquilo que é a sua vida, “há uma dimensão espiritual que está muito presente”.
“Tudo aquilo que nós fazemos é uma forma de oração, de união espiritual, e esta música, a que foi escolhida, foi também com essa dimensão espiritual”, destacou.
A maestrina considerou ser “evidente que existe uma dimensão gigante, enorme, muito para além” de quem participa, que é a visita do Papa Francisco a Portugal.
“É a vinda do Santo Padre, de todo o clero que estará aqui presente e de toda esta massa humana, portanto, tem uma dimensão extraordinária em comparação com aquilo que é a minha vida normal”, disse.
Angélica Fonseca, de 20 anos, de Mafra, distrito de Lisboa, estuda música em Castelo Branco e, sabendo que ia haver orquestra na JMJ, aderiu ao projeto com os colegas.
“Poder viver esta época assim mesmo perto do Papa e fazer parte de todos os momentos musicais [da JMJ] vai mesmo encher-nos de fé e alegria durante toda a semana”, disse.
Também João Gonçalves, de 28 anos, que pertence a um grupo de bombos do concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, vai tocar numa música de Tiago Bettencourt.
“Ainda não sei ao certo o momento em que vou tocar, mas estamos agora a treinar”, afirmou, explicando que foi a Câmara Municipal do Fundão que entrou em contacto com todos os grupos de bombos do concelho para estarem presentes em Lisboa.
Para o jovem, o estar presente nesta vinda de Francisco a Portugal é “sempre interessante, uma oportunidade interessante, mesmo "não sabendo ao certo se vão ver o Papa”.
Além de Tiago Bettencourt, Carminho e Mariza são outros dos artistas nacionais que vão participar nos eventos centrais da JMJ.
Em 19 de julho, a organização anunciou que as atuações destes artistas vão decorrer nos eventos centrais que contam com a presença do Papa Francisco, nomeadamente o Acolhimento e a Via Sacra, que se realizam na Colina do Encontro, no Parque Eduardo VII, e a Vigília, que se realiza no Campo da Graça, no Parque Tejo.
Buba Espinho, Cecília Rodrigues, Héber Marques (membro fundador dos HMB), Miguel Carmona, Mimi Froes, Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento e Salvador Seixas são outros dos artistas com presença prevista naqueles eventos.
Segundo a organização, “estes artistas portugueses juntam-se ao Coro e à Orquestra da JMJ Lisboa 2023, de que fazem parte músicos de todo o país, e ao Ensemble23, composto por jovens bailarinos de 22 nacionalidades, para fazer da Jornada Mundial da Juventude um lugar de beleza”.
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