Adélio Amaro, presidente da Associação Folclórica da Região de Leiria - Alta Estremadura (AFRL-AE), avançou à agência Lusa que está a ser constituída "uma equipa para elaborar o referido projeto que dará a base para a candidatura".
"A AFRL-AE está a desenvolver um projeto de candidatura à Europeade para que Leiria possa ter, pelo menos, a pretensão de ser capital europeia do folclore, até porque se aproxima a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura em 2027", afirma o responsável pela associação, que junta 55 ranchos, o equivalente a mais de três mil pessoas.
O presidente da AFRL-AE lembra que a associação é "a mais representativa em Portugal" e, "tendo em conta o enorme valor cultural e tradicional" dos grupos que representa, "é meritório esse mesmo trabalho ser reconhecido e realçado com uma candidatura tão importante, a capital europeia do folclore".
Adélio Amaro desconhece as hipóteses que a cidade tem de lhe ser entregue a organização mas, "independentemente de Leiria ser selecionada ou não", a candidatura "é uma forma de se vincar a importância do folclore de Leiria e, consequentemente, da Alta Estremadura".
"São projetos como este que podem ajudar os grupos a terem outra visibilidade e a serem mais considerados, o que nem sempre acontece. Só o facto de a candidatura ser admitida já é um avanço importante na dignificação do folclore da Alta Estremadura e será a cereja em cima de um bolo que muitas mulheres e homens têm confecionado ao longo das últimas décadas, sem pedir nada em troca", sublinha.
Em 54 edições, Figueira da Foz, por duas vezes, e Viseu, em 2018, foram capitais europeias do folclore, organizando a Europeade. Cerca de cinco mil participantes de toda a Europa juntam-se no evento para promoverem as tradições e identidade local através das danças, músicas, letras e trajos.
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