“Universidade por Moçambique” é uma iniciativa da Universidade de Lisboa e juntará na Aula Magna aqueles artistas e a venda de bilhetes, a 7,5 euros, reverte para a campanha de solidariedade da Cruz Vermelha Portuguesa para apoiar as vítimas em Moçambique.
No concerto participarão ainda a Orquestra Académica da Universidade de Lisboa, a Tuna Académica de Lisboa, o Coro Médico e a Orquestra Médica de Lisboa.
Esta semana, Lisboa acolherá outro concerto solidário com Moçambique, na terça-feira no Teatro Capitólio, com a participação de mais de 40 artistas, entre os quais os cantores Salvador Sobral, Dino D’Santiago e Conan Osiris e as fadistas Ana Moura e Gisela João.
O espetáculo “Mão dada a Moçambique” será transmitido em direto na RTP1 e na Antena1 e as receitas revertem integralmente para as associações que prestam assistência em Moçambique às vítimas do ciclone Idai.
O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de março.
As autoridades moçambicanas atualizaram hoje para 518 o número de mortos provocados pelo ciclone e pelas cheias que se lhe seguiram.
Há ainda a registar 1.641 feridos e mais de 146 mil pessoas instaladas em centros de acolhimento.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui afetou 2,9 milhões de pessoas, segundo dados das agências das Nações Unidas.
A região enfrenta agora o perigo de fome e epidemias, com 271 casos de cólera já registados na cidade da Beira.
A ONU inicia na quarta-feira um programa de vacinação oral contra a cólera, de 900 mil unidades.
A agência da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO) calcula que sejam necessários 19 milhões de dólares (16,9 milhões de euros) durante os próximos três meses para ajudar os mais afetados pelo ciclone em Moçambique.
Os números da FAO apontam para que cerca de 400 mil hectares de cultivo tenham sido afetados, essencialmente de milho e sorgo, nas províncias centrais de Manica e Sofala, poucos meses antes do período de colheitas.
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