A autarquia de Mêda, no distrito da Guarda, refere em comunicado enviado à agência Lusa que, “tendo consciência da importância do conhecimento e valorização do património e consequentemente da memória coletiva”, decidiu levar a cabo um programa alargado de comemorações dos 500 anos do foral.
O programa inclui um conjunto de iniciativas que, para além de comemorarem a produção e atribuição do referido documento, pretendem evocar um período da História de Portugal e, em particular, daquele território: o século XVI.
“De facto, o concelho de Mêda detém uma riqueza patrimonial considerável, herdada desta época, da qual destacamos alguns elementos, como fontes, igrejas, pelourinhos, entre outras construções de uso particular, mas também pintura e peças de arte móvel”, lê-se na nota.
No âmbito das comemorações, a autarquia tenciona desenvolver várias iniciativas até junho de 2020, “dirigidas a públicos diferenciados, seja de âmbito pedagógico, para a comunidade escolar, seja para o público em geral”.
“Exposições, visitas guiadas, encenações, debates, colóquios e ‘workshops’, são algumas das atividades que se irão realizar ao longo do período de comemoração, tendo sempre por base as várias vertentes da vida quotidiana do século XVI: política, sociedade, gastronomia, arte, cultura, entre outros”, anuncia o município presidido por Anselmo Sousa.
De acordo com a fonte, as comemorações iniciam com uma sessão solene evocativa da data, a realizar na Casa Municipal da Cultura, seguida da abertura de uma exposição dedicada ao foral de Mêda, no Arquivo Municipal.
Com a exposição, os promotores pretendem “dar a conhecer o contexto de produção do documento [o foral], o seu conteúdo e exposição do original, numa primeira apresentação ao público após a intervenção de restauro a que foi sujeito recentemente numa iniciativa que contou com a colaboração do Arquivo Nacional Torre do Tombo”.
“Tratando-se de um dos documentos mais antigos e de maior significado para a memória da vila e concelho de Mêda, não poderia deixar de se ter em conta, antes de qualquer outra iniciativa, assegurar as condições necessárias que permitissem restabelecer a integridade original do documento e assegurar a sua preservação”, é justificado.
O município lembra que “decorria o ano de 1519 quando, a 01 de junho, Dom Manuel I concedeu o documento que, embora não decretasse a fundação do concelho, pelo menos veio legitimar a realidade concelhia da antiga vila e concelho de Mêda, comenda da Ordem de Cristo”.
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