Contactada pela Lusa, a mesma fonte indicou que o valor do orçamento e o plano da programação e atividades do museu foi apresentado na segunda-feira, em Lisboa, numa reunião dos membros do conselho de fundadores da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Coleção Berardo.
O conselho de fundadores é presidido por José Berardo, que também preside à fundação, e composto por representantes da Associação Coleção Berardo, da Fundação Centro Cultural de Belém, onde o museu está instalado, e do Estado Português, representado pelo ministro da Cultura.
Luís Filipe Castro Mendes não pôde estar presente na reunião, de modo a poder participar na votação final do Orçamento do Estado para 2018, mas fez-se representar pelo chefe de gabinete, Jorge Leonardo.
Contactado pela Lusa, José Berardo indicou que a reunião foi realizada de acordo com os estatutos da fundação, para comunicar orçamento e plano de atividades oficialmente aos fundadores, que já tinham sido aprovados pela administração da fundação, onde o Estado tem dois representantes, Catarina Vaz Pinto e António Capucho.
Elísio Summavielle, presidente da Fundação Centro Cultural de Belém, representa esta entidade no conselho de fundadores.
Sobre a reunião, José Berardo disse que "decorreu com normalidade" e, para o colecionador, o museu em Belém "está relativamente bem, embora tenha passado a ter entradas pagas".
"Quando criei o museu, a minha ideia inicial era que as entradas fossem gratuitas para o público ter acesso livre à coleção. Mas na renovação no acordo com o Estado a situação teve de ser alterada. Pelo menos ficámos com os sábados para as famílias entrarem sem pagar", comentou.
O acordo de dez anos entre o Estado e o colecionador para manter o Museu Berardo no CCB terminava no final do ano passado, e foi renovado em novembro, obrigando ao fim das entradas gratuitas, que passaram a ser pagas desde maio deste ano.
Questionado sobre as receitas de bilheteira, José Berardo indicou que "são aplicadas no pagamento dos custos para trazer a Lisboa exposições temporárias de outros museus".
O Museu Berardo abriu em junho de 2007 com um acervo inicial de 862 obras da coleção de arte do empresário avaliadas um ano antes em 316 milhões de euros pela leiloeira internacional Christie's.
Mais de sete milhões de visitantes entraram no Museu Coleção Berardo ao longo de uma década, para ver as 86 exposições realizadas desde a inauguração, segundo os números oficiais da entidade.
O museu ocupava o 65.º lugar na lista dos 100 museus mais visitados do mundo em 2016, com 1.006.145 visitantes nesse ano, segundo o The Art Newspaper, publicação internacional especializada em arte contemporânea.
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