Contactada pela agência Lusa sobre o balanço de entradas num mês de funcionamento, fonte da comunicação do MAC/CCB indicou que, desde a abertura, até ao dia 26 de novembro, o museu recebeu um total de 93.163 visitantes nas três novas exposições.
Criado depois da extinção da Fundação de Arte Moderna e Arte Contemporânea — Coleção Berardo, o MAC/CCB foi anunciado após a denúncia, pelo Ministério da Cultura, de um protocolo de comodato assinado entre o Estado e o colecionador de arte José Berardo, que entrou em vigor em 01 de janeiro deste ano, sempre com a oposição do empresário, pondo fim à designação Museu Coleção Berardo.
O MAC/CCB abriu oficialmente portas ao público com a inauguração de três exposições: “Ou o desenho contínuo”, com os desenhos do colecionador Teixeira de Freitas, cuja coleção foi entregue em depósito no MAC/CCB, e “Corpo, Objeto, Espaço – A revisão dos géneros artísticos a partir da década de 1960”, a nova exposição permanente que inclui obras da Coleção Berardo, da Coleção Holma/Ellipse, da Coleção Teixeira de Freitas e da Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE).
Também foi inaugurada a exposição temporária “Atravessar uma ponte em chamas”, da artista belga Berlinde de Bruyckere, e realizada uma programação com visitas guiadas, concertos e atividades paralelas às exposições ao longo de três dias de entrada livre com mais de 11 mil visitantes.
O Museu Coleção Berardo esteve instalado no Centro Cultural de Belém durante 15 anos, somando mais de 10 milhões de visitantes.
A Coleção Berardo reúne os desenvolvimentos artísticos no mundo ocidental, no decurso do século XX, e inclui, entre outras obras, artistas estrangeiros de renome como Jean Dubuffet, Joan Miró, Yves Klein, Piet Mondrian, Duchamp, Chagall, Picasso e Andy Warhol, e de portugueses como Rui Chafes, Fernanda Fragateiro e Julião Sarmento.
As obras da Coleção Berardo estão arrestadas pela justiça desde julho de 2019, na sequência de um processo interposto em tribunal pelo Novo Banco, pela Caixa Geral de Depósitos e pelo BCP, que reclamam uma dívida de perto de 1.000 milhões de euros, que alegam ter do empresário.
Por determinação do tribunal, as obras continuam depositadas no CCB, que se mantém fiel depositário até ao fim do processo na justiça.
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