“O Museu de Arte Sacra está em bolandas, passo a expressão, para podermos, até ao fim do ano, abri-lo permanentemente”, disse hoje o bispo Manuel Felício à agência Lusa, à margem da cerimónia de assinatura de um protocolo de colaboração entre a diocese, a Direção-Geral do Livro dos Arquivos e das Bibliotecas e o Arquivo Distrital local, para apoio técnico na área da gestão de arquivos.
O futuro museu vai ocupar a antiga capela do Seminário Maior, na rua Alves Roçadas, no edifício onde funcionam o Museu da Guarda e o Paço da Cultura.
O imóvel é propriedade da Igreja desde 1940, mas, em 2008, a Câmara Municipal da Guarda realizou obras de remodelação e de adaptação e entregou-o à diocese para ali instalar o Museu de Arte Sacra.
A diocese tem atualmente a decorrer trabalhos, que são necessários para a instalação do acervo e dos conteúdos do futuro polo museológico, que envolvem a colocação de “luzes” e de suportes, segundo o responsável.
Manuel Felício adiantou à Lusa que a diocese contou com a colaboração de uma técnica da diocese de Viseu que “deu uma ajuda preciosa” no processo que está em curso.
Segundo o bispo da Guarda, o futuro museu estará equipado “com objetos, mas também com indicações, em suporte visual, daquilo que é o panorama cultural da diocese”.
“Porque nós não queremos um museu que seja um repositório, um armazém de objetos, mas queremos que seja uma apresentação do que é a diocese e as pessoas depois terem roteiros” que as levem, por exemplo, ao Fundão, a Seia ou a Gouveia, disse.
Segundo o responsável, a diocese pretende que o futuro museu “seja uma base de apoio a um percurso” pela região e “mais um fator” para captar pessoas para o território.
Em relação ao investimento que vai ser feito, por enquanto, Manuel Felício não adianta valores, alegando que a diocese tem por princípio “fazer as coisas conforme há disponibilidade”.
Para suportar os custos com a obra, referiu que a diocese está a fazer contactos com mecenas da região e que irá pedir verbas “ao povo”.
A diocese da Guarda tem uma área de 6.759 quilómetros quadrados e uma população estimada em 250.000 habitantes, abrangendo paróquias dos distritos de Guarda, Castelo Branco e Coimbra.
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