Recordando que a parceria, “que não é conjuntural, mas estratégica”, entre a autarquia e a promotora “vem de há 12 anos”, Isaltino Morais referiu que “ainda na semana passada o município de Oeiras aprovou um novo protocolo por mais cinco anos”.
“Nos próximos cinco anos estaremos todos aqui”, disse o autarca numa conferência de imprensa de balanço da 12.ª edição do Alive, que decorreu na área de imprensa do recinto, no Passeio Marítimo de Algés, defendendo que “esta situação vem dar estabilidade à realização deste festival”.
Os próximos cinco anos, adiantou Isaltino Morais, irão permitir ao município “tratar das infraestruturas físicas”.
Assim, porque “é importante criar melhores condições de mobilidade, de acessibilidade, de segurança”, nos próximos cinco anos irá assistir-se a “transformações na paisagem física, particularmente na ligação ao rio, que permitirá ainda uma melhor estadia para todos aqueles que vêm a este festival”.
“Ao darmos estabilidade durante este período de cinco anos estamos a dar condições também para que os níveis de satisfação que já atingiu a realização do festival possam melhorar”, referiu.
O festival, cuja 12.ª edição termina hoje, realizou-se pela primeira vez em 2007 com a designação Oeiras Alive, era Isaltino Morais presidente da Câmara de Oeiras.
Em 2013, o autarca abandonou o executivo quando foi detido para cumprir dois anos de pena de prisão, por fraude fiscal e branqueamento de capitais. No ano passado, nas eleições autárquicas de setembro, recandidatou-se e venceu, voltando a assumir o cargo de presidente da Câmara de Oeiras.
Por isso, hoje Isaltino Morais referiu que com o protocolo aprovado na semana passada, “é retomada” uma parceria que “teve uma pequena interrupção de alguma instabilidade”.
O diretor da Everything is New, Álvaro Covões, explicou à Lusa que antes dessa interrupção chegou a haver um protocolo por cinco edições, mas depois disso estes passaram a ser feitos anualmente.
Na conferência de imprensa, que decorreu momentos antes de os norte-americanos Pearl Jam subirem ao palco principal, Álvaro Covões fez um balanço positivo de mais uma edição, que “decorreu de forma harmoniosa”.
O responsável destacou a importância dos Pearl Jam, “banda que fez com que os bilhetes para hoje e os passes de três dias esgotassem em dezembro”. E salientou que hoje falta ainda atuarem bandas como os At The Drive In e os MGMT.
Álvaro Covões sublinhou ainda o trabalho da PSP para “tornar a experiência de sair do festival muito mais agradável”.
Um dos “grandes desafios deste ano era terminar [cada dia] com chave de ouro”, para que tal acontecesse, recordou, foi estabelecida uma parceria com a Carris, que disponibilizou 30 autocarros para levar os ‘festivaleiros’ para várias zonas, e “uma estratégia diferente em que o túnel [que liga o Passeio Marítimo de Algés à zona da estação de Algés] acabou por quase nunca estar fechado”.
Além do túnel, referiu, a saída dos espectadores da zona do recinto foi sendo feita, a pé, pela CRIL e pela ciclovia até à Torre de Belém.
Em cada um dos três dias passaram pelo recinto do festival, de acordo com a organização, cerca de 55 mil espectadores e cinco mil pessoas do ‘staff’.
O festival Alive regressa em 2019 ao Passeio Marítimo de Algés, de 11 a 13 de julho.
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