De acordo com a publicação Deadline, a longa-metragem de Gabriel Abrantes está em pós-produção, mas será já apresentada pela distribuidora alemã Wild Bunch Internacional a profissionais do cinema naquela iniciativa, em paralelo ao festival de Berlim.
“Os filhos de Amélia” conta com produção da Artificial Humors e é a primeira longa-metragem de ficção assinada apenas por Gabriel Abrantes, depois de ter correalizado “Diamantino” (2018) com o norte-americano Daniel Schmidt.
A coprodutora do filme, Margarida Lucas, explicou à agência Lusa que o filme foi rodado em 2020 em Sintra, contando no elenco com Alba Baptista, Carloto Cotta, Anabela Moreira, Rita Blanco e a atriz norte-americana Brigette Lundy-Paine.
“Ed e Ryley viajam até Portugal ao reencontro da família biológica de Ed, mas o palacete idílico onde são calorosamente recebidos esconde um segredo atroz”, refere a sinopse.
O filme, apresentado com o título “Amelia’s Children”, contou com 600.000 euros de apoio financeiro de 2019 do Instituto do Cinema e Audiovisual.
Gabriel Abrantes (1984) é um artista multidisciplinar, que tem trabalhado em cinema e artes visuais. Expõe regularmente desde 2006 e soma mais de vinte filmes, a maioria curtas-metragens.
Em 2009, venceu o Prémio EDP Novos Artistas e no ano seguinte foi premiado em Locarno com “A history of mutual respect”, partilhando a realização com Daniel Schmidt.
Em 2018, “Diamantino” venceu o Grande Prémio da Semana da Crítica do Festival de Cinema de Cannes.
“Freud Und Friends” (2015), “Uma Breve História de Princesa X” (2016), “Os Humores Artificiais” (2016) e “As Extraordinárias Desventuras da Menina de Pedra” (2018) são outros filmes do realizador.
O 73.º Festival de Cinema de Berlim decorrerá de 16 a 26 de fevereiro.
A programação contará, em secções competitivas, com os filmes “Mal Viver” e “Viver Mal”, de João Canijo, “Cidade Rabat”, de Susana Nobre, e a série portuguesa “Cuba Libre”, de Henrique Oliveira, no Mercado de Séries de Berlim.
O projeto cinematográfico “Hera”, de Catarina Mourão, foi selecionado para o mercado de coproduções, enquanto os filmes “Last Things”, de Deborah Stratman (coprodução entre Portugal, EUA e França) e “AI: African Intelligence”, de Manthia Diawara, numa parceria entre Portugal, Senegal e Bélgica, constam da secção Fórum Expandido.
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