Maria Alyokhina, uma das cantoras que esteve presa, levou as Pussy Riot numa nova direção num espetáculo de uma hora chamada “Revolução” que mistura punk, música eletrónica, teatro, documentário e muitas referências críticas a Putin.
Caracterizada por Alyokhina como um “livro vivo”, a peça é baseada nas memórias que irá publicar ainda este ano.
A jovem, juntamente com outro membro do grupo feminista, Nadezhda Tolokonnikova, foi acusada de vandalismo após ter entrado numa catedral perto do Kremlin e ter tocado, durante menos de um minuto, uma “oração punk” contra Putin.
Alyokhina, 28 anos, revive a sua detenção na colónia penal nos montes Urais, onde foi sujeita a castigos por acordar às 05:45, em vez de 05:20, e fez greves de fome para protestar contra as condições em que se encontrava.
O espetáculo termina com um aviso de que a liberdade não existe por si própria: “Lutem por ela todos os dias!”.
Como parte da sua contestação ao líder russo, Alyokhina tenciona apresentar o trabalho na Rússia em breve, sem pensar nas consequências.
A peça chega às salas norte-americanas quando Putin ganha destaque no debate político nos Estados Unidos, depois de os serviços secretos terem acusado a Rússia de ter interferido na eleição de Donald Trump como Presidente.
Outro elemento das Pussy Riot, Tolokonnikova, foi numa direção diferente, ao focar-se nos Estados Unidos, em vez da política russa.
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