De acordo com a promotora Agência da Curta-Metragem, “Um fio de baba escarlate” foi exibido na secção “Revoluções Permanentes” e recebeu o prémio Revelação de Melhor Realização.
“Um fio de baba escarlate”, que fez a estreia internacional em Sevilha depois de ter estado no festival Curtas de Vila do Conde, parte da história de um pacato ‘serial killer’, que se vê transformado “subitamente numa estrela das redes sociais” depois de um “incidente insólito”, lê-se na sinopse.
O festival de Sevilha considera que este filme foi um dos grandes destaques da secção “Revoluções Permanentes”, sublinhando a irreverência, e o imaginário “subversivo, fetichista e surrealista”.
“Prova que Carlos Conceição é uma das vozes mais marcantes e interessantes do cinema português contemporâneo”, afirma o festival na página oficial.
“Um fio de baba escarlate”, média-metragem de ficção, conta com a interpretação de Matthieu Charneau, Joana Ribeiro, João Arrais, Leonor Silveira e Teresa Madruga.
O júri, que integrou Rosa Bosh, Frédéric Niedermayer, Luís Urbano e Carlos R. Rios, decidiu distinguir o filme “por ser uma leitura provocadora sobre a impossibilidade de aceitar a estilização do feminicídio típica do ‘giallo’ clássico, num contexto atual em que a sociedade rejeita a representação da violência contra a mulher”, lê-se na nota de imprensa da Agência da Curta-Metragem.
Carlos Conceição é ainda autor da longa “Serpentário” e de várias curtas-metragens, entre as quais “Versailles”, “Boa noite Cinderela” e “Coelho Mau”.
Atualmente, o realizador está a terminar a longa-metragem “Les fleurs abominables”.
A 17.º edição do festival de Sevilha, que termina hoje, contou ainda na programação, fora de competição, de “O ano da morte de Ricardo Reis”, de João Botelho, a partir do romance homónimo de José Saramago, já estreado nos cinemas portugueses.
Também fora de competição, foi estreado o filme “El viaje más largo”, de Manuel H. Martín, um documentário em animação que retrata os 500 anos da primeira viagem completa à volta do mundo, protagonizada pelos navegadores Fernão de Magalhães e Juan Sebástian Elcano.
Comentários