O recrudescimento da pandemia em Portugal ditou o regresso ao confinamento generalizado. Apesar das exceções, os teatros e salas de espetáculos, que até agora viviam com a capacidade muito limitada, voltam a fechar à meia-noite desta sexta-feira.
Por esse motivo, o Teatro Municipal do Porto (TMP) decidiu antecipar a apresentação presencial do espetáculo Postcards from Vietnam, de Raimund Hoghe, para hoje (quinta-feira), às 19h30, no Teatro Rivoli. A sessão estava prevista para amanhã.
Depois de ter apresentado ontem o espetáculo Canzone Per Ornella, Raimund Hoghe — considerado um dos mais relevantes nomes da dança contemporânea e um “velho” conhecido na programação do TMP — volta ao palco do do Grande Auditório do Teatro Rivoli com Postcards from Vietnam, peça que conta com dois dos intérpretes de eleição do dramaturgo e coreógrafo alemão: Takashi Ueno e Ji Hey Chung.
Os espetadores com bilhete podem assistir à sessão de hoje (14 de janeiro). O bilhete permite, também, o acesso à sessão online, que se realiza amanhã, 15 de janeiro, a partir das 19h30, ficando disponível durante 24 horas. Para mais informações sobre questões de bilheteira, é possível contactar o TMP através do e-mail: bilheteira.tmp@agoraporto.pt
O impacto no resto da agenda ainda não é possível de aferir.
São João ainda está a estudar o futuro
No caso do Teatro Nacional São João (TNSJ), os próximos dias ainda não foram decididos. Por enquanto, sabe-se apenas que a sessão de As Três Irmãs, marcada para hoje, no Teatro Carlos Alberto, às 19:00, se mantém. Já as sessões marcadas para sexta-feira e sábado não se irão realizar presencialmente.
Estreado a 7 de janeiro, o espetáculo pensado por Carlos Pimenta, a partir do texto de Anton Tchékhov, inaugurou 2021 para os espaços do Teatro Nacional São João, que, agora, voltam a ter de fechar.
O decreto do Governo que regulamenta o novo estado de emergência devido à pandemia da covid-19, em vigor entre as 00:00 de sexta-feira e as 23:59 de 30 de janeiro, determina o encerramento de espaços e estabelecimentos.
À semelhança do que aconteceu no confinamento geral em março e em abril de 2020, mas agora com a exceção de eventos relacionados com a campanha eleitoral para a eleição do presidente da República.
No setor cultural, as medidas obrigam a encerrar auditórios, salvo se em contexto de eventos da campanha eleitoral no âmbito da eleição do presidente da República; cinemas, teatros e salas de concertos; museus, monumentos, palácios e sítios arqueológicos ou similares (como por exemplo: centros interpretativos e grutas), nacionais, regionais e municipais, públicos ou privados, sem prejuízo do acesso dos trabalhadores para efeitos de conservação e segurança; bibliotecas e arquivos; praças, locais e instalações tauromáquicas; galerias de arte e salas de exposições; pavilhões de congressos, salas polivalentes, salas de conferências e pavilhões multiusos, salvo se em contexto de eventos da campanha eleitoral no âmbito da eleição do presidente da República.
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