Para quem nunca viu ou ouviu falar de "The Morning Show", diga-se que nasceu para ser das "séries bandeira" da Apple, quando a famosa marca da maçã começou a apostar em conteúdo original e deu o pontapé de saída no streaming (a um preço de 15 milhões de dólares por episódio, o que dá um total de 300 milhões de dólares, falando só nas duas primeiras temporadas).
Protagonizada por Reese Witherspoon, Jennifer Aniston e Steve Carell, esta série dramática (que já arrecadou várias nomeações tanto para os Emmys como para os Globos de Ouro) segue um programa de notícias matutino que cai em desgoverno depois de o apresentador Mitch Kessler (Carell) ser acusado de agressão sexual e ser despedido, deixando a sua parceira de longa data, Alex Levy (Aniston), a juntar os cacos e a lutar para manter o posto de trabalho.
Quem também faz parte da equipa de protagonistas é a personagem de Reese Witherspoon (que produz a série juntamente com Aniston), que interpreta Bradley Jackson, uma repórter conservadora de uma pequena cidade que se vê apanhada no olho do furacão que se instalou no programa sensação do UBA (sigla de United Broadcast Association, que é o canal que transmite o talk show). Mark Duplass e Billy Crudup (que venceu um Emmy pelo papel) são outros nomes que também fazem parte do elenco principal, embora existam estrelas de sobra com participações especiais (Jon Hamm, Julianna Margulies, Marcia Gay Harden, Hasan Minhaj só para citar alguns).
Ou seja: a série começa verdadeiramente quando o programa matinal favorito da América entra em ebulição ao tornar-se notícia pelos piores motivos (é raro ser bom quando o programa de notícias vira notícia). Além de o canal que emite o programa ficar com um grande problema em mãos por resolver, os escândalos parecem não ter fim (e daí muitos compararem aquilo que se vive na série com o caso real que envolveu Matt Lauer, apresentador do programa "Talk Show").
Sem querermos estragar nada a quem está de tábua rasa na matéria, a primeira temporada foi para o ar em 2019 (dois anos depois da explosão do movimento #MeToo) e os episódios giram à volta de três jornalistas (Steve Carell, Jennifer Aniston e Reese Witherspoon), da guerra das audiências, do papel das notícias na sociedade, da cultura do cancelamento e dos abusos cometidos por aqueles que estão numa posição de poder. Na segunda temporada, a história continua onde tinha ficado, mas a situação escala e a vida destes pivôs torna-se ainda mais complicada devido às audiências que continuam a cair, ao escrutínio público e à pandemia de Covid-19.
Até que chegamos à nova temporada, que estreou a meio desta semana, mais concretamente na quarta-feira, dia 13. Nos novos episódios, a luta dramática pela sobrevivência do "The Morning Show" continua. O futuro do canal que transmite o programa está em jogo e as lealdades são levadas ao limite quando um titã da tecnologia mostra interesse pelo UBA. Formam-se alianças inesperadas, histórias pessoais e segredos são transformados em armas de arremesso e todas as personagens são forçadas a confrontar os seus valores fundamentais, dentro e fora da redação.
- Nos créditos finais, falámos sobre: 30 anos de Frasier (SkyShowtime), Bubkis (SkyShowtime), o single "Guts" da Olivia Rodrigo e “Carta Branca” (série no YouTube, com Carlos Coutinho Vilhena).
- Os três primeiros episódios da 3.ª temporada já estão disponíveis na AppleTV+ e o nosso episódio sobre “The Morning Show” está pronto a receber o vosso play na Apple Podcasts e no Spotify.
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