"Billionaire Boys Club", um drama baseado numa história real, onde Spacey contracena com Ansel Taron ("Baby Driver") e Taron Egerton ("Kingsman: Serviços Secretos"), estreou na sexta-feira em 11 cinemas dos Estados Unidos, arrecadando menos de 110 euros e fechando o domingo com cerca de 536 euros, segundo números avançados pela imprensa especializada, citada pela agência France-Presse.
"Billionaire Boys Club” ficou a larga distância de "Crazy Rich Asians", filme que lidera a bilheteira na América do Norte, segundo números consolidados da empresa especializada Exhibitor Relations.
A longa-metragem, adaptada do livro homónimo escrito por Kevin Kwan (2013), arrecadou mais de 30,5 milhões de euros (35,2 milhões de dólares) desde a estreia, com 23 de euros milhões só no fim de semana.
Nesta comédia romântica, Rachel Chu (Constance Wu), uma nova-iorquina de origem chinesa, professora da Universidade de Nova York, aceita viajar para Singapura para visitar a família do namorado, Nick Young (Henry Golding).
Ali, vai descobrir que Nick é herdeiro de uma família de promotores imobiliários de origem chinesa, uma das famílias mais ricas da Ásia, e acaba por se ver imersa num mundo totalmente desconhecido.
"Crazy Rich Asians" é o primeiro filme de Hollywood com um elenco predominantemente asiático desde "The Joy Luck Club", de 1993.
"O pior resultado"
"Billionaire Boys Club" não aparece sequer na lista de 82 filmes em cartaz nos Estados Unidos.
O estúdio Vertical Entertainment "certamente não queria a imprensa negativa e os números saíram pelo serviço de um rastreamento", explicou à AFP Jeff Bock, analista sénior da empresa, que publica números oficiais.
Este é o primeiro filme do duas vezes vencedor do Oscar desde que o ator foi alvo de acusações de agressão e assédio sexual no âmbito do movimento #MeToo.
O Vertical, que lançou o filme primeiro em vídeo em julho, defendeu a estreia, apesar de ter Spacey no elenco.
"Esperamos que estas acusações angustiantes relacionadas com o comportamento de uma pessoa, que não eram de conhecimento público na época das filmagens, há dois anos e meio, e que atingem alguém que teve um papel coadjuvante em 'Billionaire Boys Club', não ofusquem o lançamento do filme", disse o estúdio.
"Se colocarmos o preço médio do bilhete a 9,27 dólares [8,05 euros], isso quer dizer que umas seis pessoas compareceram em cada cinema", destacou a revista especializada The Hollywood Reporter. "E este é, de longe, o pior resultado na carreira de Spacey".
As acusações de abuso contra Spacey custaram-lhe o papel na série "House of Cards", onde foi protagonista. Foi também eliminado das últimas cenas do último filme de Ridley Scott, "Todo o dinheiro do mundo", tendo sido substituído por Christopher Plummer.
Spacey é também investigado em Londres — onde dirigiu The Old Vic Theatre entre 2004 e 2015 —, Los Angeles e Nantucket, uma luxuosa estância balnear de Boston, mas até agora não foi denunciado na Justiça.
Comentários