Meia hora depois do início do concerto do músico e cantor angolano, que decorrerá na esplanada da Escola D. António da Costa, é inaugurada, na sala polivalente desta escola, a exposição “Cenografias e figurinos”, do criador António Lagarto, cenógrafo, figurinista e artista plástico, o homenageado da edição deste ano do Festival de Almada.
O antigo diretor do Festival Internacional de Teatro (FIT) (1991-1995), ex-director (2004 e 2005) e subdirector (1989-1993) do Teatro Nacional D. Maria II, ex-assessor do Teatro Nacional de São Carlos (1989), antigo vogal do conselho diretivo do Centro Cultural de Belém (2012-2015) e presidente da Escola Superior de Teatro e Cinema (2012-2015), António Lagarto é também o autor de uma instalação a inaugurar no átrio desta escola básica 2+3, com curadoria do arquiteto Pedro Mira.
O ponto alto da noite deverá ocorrer, todavia, quando os franceses da companhia Le fils du Grand Réseau subirem ao palco grande daquela escola (22:00) para apresentarem o melodrama burlesco “Bigre” ("Apre", na tradução portuguesa).
Distinguido este ano com o prémio Molière para melhor comédia francesa, trata-se de um espetáculo do ator e encenador Pierre Guillois, escrito pelos atores Agathe L´Huiullier e Olivier Martin-Salvan e interpretado pelos três.
Estreada em 2014, esta peça centrada em três personagens, dois homens e uma mulher, que vivem em quartos de criada numa qualquer cidade atual, vive dos seus falhanços cómicos, desde os mais simples atos que praticam diariamente, até à forma como abordam os grandes problemas da existência, segundo o programa do Festival.
Quarenta e quatro produções de teatro, dança e música, preenchem o programa do 34.º Festival de Almada. Do total da programação, 27 são espetáculos de sala, 13 dos quais portugueses. Destes, cinco estreiam-se no certame, a decorrer até 18 de julho.
Organizado pela Companhia de Teatro de Almada (CTA) e dirigido pelo diretor da companhia, Rodrigo Francisco, o 34.º Festival está orçado em 820.000 euros, dos quais 257.000 são investidos pela Câmara local, 363.000 resultam de parcerias e de receitas próprias do certame, e 200.000 provêm dos subsídios atribuídos pela Direção-Geral das Artes (metade da verba atribuída pela DGArtes à companhia).
Acolhem o certame 14 espaços de Almada e de Lisboa, entre os quais o Teatro Nacional D. Maria II, o Centro Cultural de Belém e o Teatro Taborda.
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