"Ao longo da última década o abandono escolar diminuiu significativamente e chegados a 2022 apenas cerca de 6% dos jovens entre os 18 e os 24 anos não tinham completado o ensino secundário e não se encontravam a estudar nem participaram em qualquer tipo de formação. Com esta taxa de abandono, Portugal ultrapassa a meta europeia de 9% prevista para 2030", pode ler-se numa análise da Fundação José Neves.
Desta forma, "o decréscimo do abandono escolar precoce na última década representa um dos progressos mais relevantes na educação em Portugal".
"Em 2011, o mesmo indicador fixava-se nos 23%, ou seja, num período de 11 anos, verificou-se uma notável redução de 17 pontos percentuais. Esta evolução é particularmente positiva e está associada às melhorias verificadas na conclusão do ensino secundário e da progressão para o ensino superior", é explicado.
Segundo a Fundação José Neves, "a redução do abandono precoce está certamente associada ao alargamento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos de idade (medida que data de 2009) e à expansão da via profissionalizante do ensino secundário".
Analisados os dados, conclui-se que "a taxa de abandono escolar precoce foi, em 2022 como nos anos anteriores, significativamente mais baixa nas mulheres (3,9%) do que nos homens (7,9%)".
A nível geral, "a União Europeia estabeleceu como meta para 2030 que a taxa de abandono escolar precoce se situasse abaixo dos 9%". Feitas as contas, "Portugal registou valores de abandono escolar precoce mais baixos do que a generalidade dos países europeus".
"De facto, só seis países europeus apresentaram, em 2021, taxas de abandono escolar mais baixas do que Portugal. A média europeia situou-se nos 9,7%, cerca de 3,8 pontos percentuais acima da média portuguesa em 2021 (5,9%))", é também adiantado.
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